Uma nova vacina para o HPV previne nove estirpes do vírus e pode ajudar a proteger mulheres e homens de uma variedade de cancros.
O papilomavírus humano (HPV) é bastante desagradável - não porque pode provocar verrugas genitais, mas se não for controlado pelo sistema imunológico, também pode conduzir a uma variedade de cancros.
As mais famosas estirpes do vírus estão envolvidas em mais de 99 por cento dos casos de cancro do colo do útero.
Mas os cientistas descobriram recentemente que o HPV também pode desencadear cancro anal e oral, e, apesar das campanhas atuais serem direcionadas para as mulheres jovens, tanto homens como mulheres podem beneficiar da proteção.
Já há duas vacinas eficazes no mercado, Gardasil, que protege contra quatro tipos do vírus, e Cervarix, que protege contra dois. Mas uma nova pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, revelou que uma nova vacina, Gardasil-9, pode proteger contra nove estirpes do vírus HPV.
Um ensaio clínico randomizado utilizando 14.215 mulheres com idades entre 16 e 26 anos descobriu que a Gardasil-9 pode proteger contra cinco estirpes adicionais quando comparada com a Gardasil, nomeadamente as estirpes HPV-6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.
Isto significa que a nova vacina pode, em teoria, prevenir 90 por cento dos cancros do colo do útero, em comparação com os 70 por cento que a Gardasil atualmente previne. No geral, há 14 estirpes de HPV associados ao cancro de colo do útero (de 100 estirpes conhecidas), de modo que ser capaz de proteger contra mais da metade deles é um grande passo em frente.
No entanto, esta nova vacina também foi associada a mais efeitos colaterais do que as opções atuais, mas tais sintomas não foram graves. Essa taxa ligeiramente superior de efeitos secundários era de se esperar, uma vez que a nova vacina tem mais antígenos do vírus. Os efeitos mais comuns incluíram inchaço e dor no local da injeção, e alguns pacientes apresentaram dores de cabeça, náuseas, tonturas e fadiga.
Apesar destes efeitos secundários, espera-se que a nova vacina será incentivada tanto em homens como em mulheres, algo que é importante dada a forma como o vírus é comum. As campanhas só para mulheres deixam os homens desprotegidos, afirma Elmar Joura, da Universidade Médica de Viena, na Áustria, e principal autor do estudo. [Sciencealert]
Artigo muito bom...
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