Este ano teremos um segundo extra em junho, no dia 30, para que os nossos dispositivos de temporização fiquem em consonância com a natureza.
Assim como os anos bissextos, os segundos bissextos acontecem para colocar os nossos dispositivos de temporização em consonância com a natureza.
Temos anos bissextos porque a Terra não leva exatamente 365 dias a orbitar o sol. Seria útil se a nossa rotação e órbita fossem bem alinhadas, mas o mundo não foi construído em torno de nós.
Instrumentos antigos forneceram uma estimativa de 365,25 dias ao ano, o que provoca um dia num ano bissexto, a cada quatro anos.
A constatação de que o ano era cerca de 11 minutos mais curto, dependendo da medida utilizada, levou o calendário gregoriano a deixar de fora três anos bissextos a cada quatro séculos.
A necessidade de se acrescentar um segundo é um pouco diferente. A taxa de rotação da Terra muda muito ligeiramente em resposta ao efeito gravitacional de outros astros, particularmente a lua. Mais dias giram um pouco mais lentos do que os anteriores, numa perda média de 0,002 segundo/dia.
Se essas mudanças não fossem feitas, acabaríamos por chegar a uma altura em que todo o planeta iria experimentar sol da meia-noite e escuridão ao meio-dia. Assim, os segundos bissextos são sempre adicionados pouco antes da meia-noite de 30 de junho e 31 de dezembro.
Nós já tivemos 25 segundos bissextos desde 1972. No entanto, a tecnologia moderna tem tornado esses ajustes mais difíceis, ao invés de mais fáceis. Inúmeros sites principais descarrilaram no último segundo adicionado.
Esses tipos de problemas levaram alguns a propor abolir os segundos bissextos. Afinal de contas, vai demorar séculos para os nossos dispositivos de temporização ficarem fora de sincronia com o planeta de forma suficientemente para se perceber. [iflscience]