Beber vinho e fazer exercício físico tem alguns benefícios para a saúde em geral e para o coração em particular. Saiba tudo sobre o assunto.
Por Regina Di Ciommo, Mestrado e Doutorado em Sociologia pela UNESP, pós-doutorado em Recursos Naturais e colaboradora do site Plano de Saude.
O vinho, produzido por fermentação do suco de uma grande variedade de uvas maduras, inteiras ou esmagadas.
As uvas fermentam, por sua constituição, sem necessidade da adição de açucares ou outros elementos. As frutas que também fermentam dão origem a vinhos de frutas, que não pode ser confundido com o vinho de uvas.
A história do vinho é muito longa e parece ter origem a 6.500 anos A.C., na Grécia e em Roma. Nos territórios da atual Turquia ou Irã o vinho apareceu no ano 6.000 A.C.
O vinho desempenhava papel importante nas religiões, com papel central nas cerimônias religiosas judaicas e cristã. Na Grécia e Roma antigas, o deus Dionísio e o deus Baco, eram os deuses do vinho e das celebrações.
Os benefícios de beber vinho
Muitos estudos, realizados nos últimos 30 anos, mostraram que o consumo de vinho evita as doenças do coração, mantendo o colesterol em níveis normais. Cardiologistas recomendam o consumo moderado de vinho, como por exemplo, duas taças, diariamente, pode ajudar a manter elevado o colesterol bom, o HDL.
Desde o final da década de 70, as pesquisas mostraram que os compostos amigos do coração são os flavonoides, presentes no vinho, que agem no fígado, inibindo a síntese de colesterol. Os flavonoides são antioxidantes e desaceleram os processos de envelhecimento.
No entanto, desde essa época a American Heart Association (Associação Americana do Coração) já avisava que para prevenir doenças cardíacas a melhor atitude é ter uma dieta saudável e fazer exercícios físicos regularmente.
Em uma abordagem abrangente da saúde, o vinho não pode ser utilizado como única estratégia para a proteção do coração. Sua ingestão deve ser discutida entre o paciente e seu médico, como recomenda nos EUA a Associação Americana do Coração.
Doenças cardiovasculares são provocadas e agravadas por fatores de risco, como tabagismo, diabetes e hipertensão. São fatores que não alterados pelo consumo do vinho, que atua nos índices relacionados ao colesterol.
Na produção dos vinhos tintos, extraídos das cascas das uvas, há centenas de substâncias químicas, que podem estar relacionadas com os efeitos benéficos do vinho tinto. Já os vinhos brancos têm as cascas de suas uvas desprezadas, não contendo os mesmos elementos.
É o que originou a discussão sobre a existência do fator protetor apenas nos vinhos tintos. Mas há estudos que tentam verificar se esse efeito benéfico é derivado do álcool e estaria presente em todas as bebidas alcoólicas.
Se os efeitos benéficos do vinho estiverem especificamente presentes no vinho tinto, então também o suco de uva tem o efeito cardioprotetor, pois ambos têm a mesma origem, ou seja, a casca das uvas vermelhas.
Nos países onde existe o hábito de consumir uma ou duas taças de vinho diariamente, como na França, Itália, Portugal e Espanha, verificou-se uma menor incidência de problemas cardiovasculares, apesar da existência do tabagismo e sedentarismo. Essa é uma observação que há décadas vem sendo feita.
Como tudo o que se relaciona à saúde, a moderação é necessária também quando se trata de ingerir o vinho, pois o excesso leva a embriaguez. A presença de açúcar pode contraindicar o seu uso por diabéticos.
A pesquisa apresentada no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia
Longe de ser um fato que acaba com um mito, como vem sendo divulgado pela mídia, a pesquisa apresentada durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizada no início de setembro de 2014, em Barcelona, apenas confirma que o vinho precisa estar associado a exercícios físicos.
O estudo, desenvolvido por cientistas da República Checa, afirma que, para os sedentários, apenas ingerir vinho não protege o coração. A pesquisa também esclareceu que, para proteger das doenças cardiovasculares, tanto o vinho tinto como o branco têm o mesmo potencial, agindo sobre o colesterol HDL (colesterol bom).
Sobre os pacientes da pesquisa que se exercitaram, o resultado foi positivo, aumentando o HDL e diminuindo o colesterol LDL (colesterol ruim), o que gera placas de gordura nas artérias e em consequência, as doenças cardiovasculares.
A pesquisa concluiu que combinar consumo moderado de vinho e exercício melhoram a condição do equilíbrio lipídico e colesterol, protegendo contra doenças cardiovasculares.
Fica como sugestão para pesquisas posteriores, aprofundar este assunto, medindo qual a efetiva contribuição do vinho e qual o papel do exercício com ele combinado, para se saber a real importância da ingestão de vinho na proteção do coração.
DYGNIM...
ResponderExcluirHá séculos que somos sabedores que vinho e exercícios físicos fazem bem para o coração e a saúde. Só que as pessoas preferem beber e esquecer-se de exercitar, então o coração não aguenta.
Muito agradecida por compartilhar e sempre que
postar dicas de saúde e segredos tipo estes me
indique, pois adoro apreciar os amigos e suas
novidades.
Abraços sempre.
ClaraSol