Rochas perto de infiltrações naturais de metano no fundo do mar, são o lar de micróbios devoradores de metano, constata uma nova pesquisa.
Além do mais, parece que esses moradores de rocha minúsculos podem dizimar metano suficiente para afetar os níveis globais do gás, que pode contribuir para a mudança climática.
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Metano e micróbios
Há cerca de 15 anos, a geobióloga Victoria Orfan e seus colegas descobriram que a lama no fundo do mar está cheia de micróbios - bactérias e organismos sem núcleo chamados archaea - que se alimentam de metano natural.
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Entre 6 e 22 por cento do metano do mundo (um gás de efeito estufa) é libertado através dessas infiltrações ou fissuras no fundo do oceano. Os micróbios comem cerca de 80 a 90 por cento do metano.
Dominando a paisagem nesses locais, estão enormes pedras, com centenas de metros de altura e centenas de metros de comprimento. As rochas são carbonatos, o que significa que são feitas de minerais da água do mar circundante.
Os pesquisadores lançaram duas expedições ao fundo do mar, num lugar chamado Cume Hidrate, a 100 quilômetros da costa de Oregon. Esta formação submarina é pontilhada com aberturas de metano. Lá, os cientistas recolheram amostras de rocha perto de metano ativo e a em pontos sem atividade.
Rocha com vida
Usando microscópios, os pesquisadores viram que as rochas adjacentes às infiltrações de metano estavam cheios de cachos de micróbios. A análise do DNA revelou a presença de bactérias archaea em proporções semelhantes ás que podem ser vistas na lama do fundo do mar.
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Mas o que estão estes micróbios fazendo? Para descobrir isso, os pesquisadores ligaram-nos a certas moléculas de metano. Essas moléculas agiram como dispositivos de rastreamento, permitindo que os pesquisadores vissem onde o metano e os seus componentes acabavam.
Os estudos de acompanhamento revelaram que o metano acabava nas barrigas das bestas microbianas descobertos no interior das rochas - e depois nas próprias rochas. Parece que os micróbios processam o metano e excretam subprodutos que mineralizam as rochas.
Como o dióxido de carbono, o metano é um gás de efeito estufa, capaz de reter o calor do sol na atmosfera da Terra. Embora o dióxido de carbono seja mais abundante, contribuindo assim para uma maior proporção do aquecimento global, o metano é, na verdade, cerca de 30 vezes mais potente.
Os pesquisadores ainda não têm certeza de como grande parte da atividade de consumir metano dos micróbios ocorre em rochas em vez de na lama do fundo do mar. Os cientistas relatam as sua pesquisa hoje (14 de outubro) na revista Nature Communications. [Livescience]
Olá DYGNIM.
ResponderExcluirPassando para conferir se realmente tem existe vida nas rochas no fundo do oceano?
Agora fico pensando essa presença de bactérias archaea seria útil ou seria um perigo?
Enfim ainda são descobertas e como tudo ainda há mistérios, e ainda há muito a serem descobertos, mas o único fato qual realmente importa, tem serventia na natureza estas bactérias.
Abraços sempre.
ClaraSol