As primeiras fotos de água gelada perto do pólo norte de Mercúrio chegaram à Terra, e elas têm uma grande história para contar. Conheça aqui toda a história.
As imagens, tiradas pela sonda Messenger da NASA sugerem que o gelo à espreita dentro de crateras polares de Mercúrio foi formado recentemente, e pode até mesmo ser complementado por processos que continuam hoje, disseram pesquisadores.
Há mais de 20 anos atrás, imagens de radar da Terra viram pela primeira vez sinais de gelo de água perto de pólos norte e sul de Mercúrio - uma surpresa, talvez, uma vez que as temperaturas no planeta mais interno do sistema solar podem chegar a 427 graus Celsius.
No final de 2012, a Messenger confirmou essas observações da órbita de Mercúrio, tendo descoberto gelo em crateras permanentemente sombreadas perto do pólo norte do planeta, afirma o novo estudo que foi publicado a 15 de outubro na revista Geology.
Cientistas anunciaram a descoberta depois de integrarem os resultados dos estudos de modelagem térmica com dados recolhidos pelo espectrómetro de caça de hidrogénio de nêutrons da sonda e seu altímetro laser, que mede a reflectância dos depósitos.
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E agora a equipe Messenger captou imagens ópticas de luz do gelo pela primeira vez, aproveitando-se de pequenas quantidades de luz solar espalhadas nas paredes das crateras. A textura do gelo na parte inferior da cratera Prokofiev, de Mercúrio, sugere que o material foi formado há relativamente pouco tempo, em vez de bilhões de anos.
Imagens de outras crateras apoiam esta noção. Elas mostram depósitos escuros, que se acredita ser material orgânico rico congelado, cobrindo de gelo algumas áreas, com fronteiras nítidas entre os dois tipos diferentes de material.
A Lua da Terra também abriga água gelada dentro crateras polares permanentemente sombreadas, mas os seus depósitos parecem diferente dos vistos em Mercúrio, disseram os pesquisadores. Isso pode ser porque o gelo de Mercúrio é mais recente. [Space]
