A depressão sempre foi motivo de grande debate. Com a morte do ator Robin Williams, que aparentemente cometeu suicídio, o debate mundial sobre depressão ganhou novo fôlego.
Robin Williams sofria com uma depressão profunda, e as especulações são de que ele tenha cometido suicídio devido precisamente à doença. [Depressão: Causas, sintomas e tratamentos]
De acordo com um estudo epidemiológico publicado na revista BMC Medicine, 121 milhões de pessoas estão deprimidas no mundo inteiro. [Depressão: 7 diferenças entre homens e mulheres]
Tal número é quase quatro vezes maior do que o de portadores de HIV (33 milhões). Já o Brasil lidera, entre os países em desenvolvimento, o ranking de prevalência da depressão. Depressão e suicídio estão entre as principais causas de morte entre adolescentes
É comum que aqueles que poderiam beneficiar com um tratamento acabem por não ter acesso a ele, seja por falta de informação ou até por interpretar os sintomas de maneira errada. Conheça cinco dos mitos mais comuns sobre a depressão para esclarecer a gravidade do diagnóstico.
1. Depressão é sinónimo de tristeza
Quem conhecia Robin Williams afirma que nunca o viu infeliz, apesar da sua depressão profunda. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, muitas das pessoas que sofrem de depressão sentem uma tristeza esmagadora, mas outras não sentem qualquer emoção específica.
A melhor descrição seria uma sensação de vazio e apatia. E uma vez que a ansiedade muitas vezes acompanha a depressão, muitos sentem um constante estado de tensão que persiste sem que haja alguma razão aparente que possa explicar.
2. A depressão é um sinal de fraqueza mental
Parte do estigma que envolve a depressão é que os outros vão encarar essa doença como um sinal de fraqueza. A depressão também é uma doença, sendo um transtorno médico absolutamente complexo que tem dimensões biológicas, psicológicas e sociais.
Qualquer pessoa pode sofrer de depressão grave, e as consequências de não tratá-la são tão reais e trágicas como em qualquer outro caso de doença grave. Uma condição que afeta a química do cérebro e do sistema nervoso é verdadeiramente devastadora.
3. A depressão é sempre situacional
Embora a depressão muitas vezes apareça devido a um fato pontual, como a perda de um ente querido, divórcio, stress no trabalho, etc, ela não precisa desse tipo de motivos para começar. A depressão normalmente é diagnosticada quando surgem alguns sinais e sintomas específicos.
Alguém que sofre de episódios prolongados (de pelo menos duas semanas) de desesperança, vazio e letargia que não têm nenhuma causa aparente pode ser diagnosticada com depressão. Esses períodos podem manifestar-se inexplicavelmente, mesmo sem motivo aparente.
4. Os sintomas de depressão são todos mentais
Embora seja verdade que muitos sintomas de depressão seja marcadamente mentais, a condição manifesta-se com frequência em todo o corpo. Sintomas depressivos comuns incluem indigestão, dificuldade em respirar, aperto no peito, fadiga geral e até dores musculares persistentes.
5. Deprimidos usam antidepressivos o resto de sua vida
A forte presença de comerciais de antidepressivos e a insistência da mídia nesse assunto tem tido uma repercussão negativa. Muitas pessoas têm medo de receberem antidepressivos, mesmo que possam beneficiar, porque acham que o medicamento pode viciar e gerar dependência.
A realidade é que nem toda a gente beneficia dos antidepressivos. De acordo com algumas estimativas, cerca de 40% das pessoas não experimentam nenhum benefício. Algumas pessoas reagem melhor a formas de psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental.
Outras pessoas funcionam melhor com uma combinação de medicação e terapia. Mesmo alguém que tem bons resultados a tomar um antidepressivo pode, com supervisão médica, eventualmente, reduzir essa medicação. [Forbes, Hypescience]
é sempre valido esclarecer esses mitos
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