Aprender novo idioma ajuda o cérebro em qualquer idade

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Aprender novo idioma ajuda o cérebro em qualquer idade
Aprender uma segunda língua pode ajudar a melhorar a função cerebral, independentemente de quando você começa, sugere um novo estudo. 

Os pesquisadores descobriram que os jovens adultos proficientes em duas línguas tinham melhor desempenho em testes de atenção e concentração do que aqueles que falavam apenas uma língua, independentemente de terem aprendido a segunda língua durante a infância ou adolescência. 

O estudo aparece na última edição da revista Frontiers in Psychology, e foi conduzido por Thomas Bak, professor na Faculdade de Filosofia, Psicologia e Ciências da Linguagem de Edimburgo. 

Não é ainda claro se o efeito positivo se estende a pessoas que aprendem uma língua na meia idade ou até mais tarde na vida, mas Bak e outros pesquisadores disseram não ver nenhuma razão por tal não ocorrer, sendo o foco de estudos em curso.

No ano passado, Bak e seus colegas, descobriram que pessoas na Índia que falavam mais de uma língua a partir de uma idade muito jovem desenvolviam demência cerca de quatro anos mais tarde, em média, em comparação para aqueles que falavam apenas um idioma.

Esta constatação, inspirou Bak a investigar os benefícios cognitivos de aprendizagem de uma segunda língua na idade adulta. No novo estudo, os jovens adultos bilíngues tiveram desempenho melhor em ignorar estímulos irrelevantes e a focar-se em informações relevantes.

Uma possível razão para essa habilidade é que os próprios processos de aprender duas línguas e mudar entre elas treina o cérebro para estar mais sintonizado com a informação auditiva, afirma Bak. 

Esta melhoria no que se chama a atenção auditiva é essencialmente uma medida de concentração, e poderia, por exemplo, permitir que uma pessoa extraísse melhores informações relevantes de uma palestra, disse Bak.

Ele também observou que muitos medicamentos destinados a diminuir os efeitos da doença de Alzheimer, fazem-no ao tentar melhorar esse mecanismo de atenção. 

Bak observou que o estudo foi pequeno (que incluía 38 estudantes universitários monolíngues e 60 bilíngues) e os participantes realizaram apenas alguns testes mentais; sendo que os alunos mais velhos bilingues tinham apenas 19 anos de idade. 

Num segundo estudo, publicado a 2 de junho na revista Annals of Neurology, Bak tentou determinar se os efeitos positivos do bilinguismo na cognição poderiam realmente ser ao contrário: que as pessoas que têm melhores funções cognitivas são mais propensas a aprender línguas. 

Para isso, Bak utilizou 853 participantes, cuja inteligência foi testada pela primeira vez em 1947 e, em seguida, testados novamente entre 2008 e 2010.

Ele verificou que as pessoas bilíngues neste grupo tinham um desempenho melhor do que o esperado em testes de inteligência na sua idade avançada, e apresentaram menor declínio cognitivo relativo em comparação com pessoas monolíngues. [Livescience]

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