A cultura popular está carregada de mitos e meias-verdades. A maioria são inofensivos. Mas quando os médicos começam a acreditar nos mitos talvez seja hora de se preocupar.
Em 2007, um estudo publicado no British Medical Journal examinou vários equívocos comuns, desde a crença de que uma pessoa deve beber oito copos de água por dia até à noção de que ler com pouca luz estraga a visão.
Os investigadores verificaram que os médicos aceitavam essas crenças e estavam a passar essas informações aos seus pacientes.
E essas crenças são frequentemente citadas na cultura popular. Em seguida veja o top 7 dos mitos médicos mais comuns e a sua explicação.
7. Cabelo rapado cresce mais rápido, mais grosso e mais escuro
Um ensaio clínico de 1928 comparou o crescimento do cabelo em manchas rapadas com o crescimento em manchas não-rapadas. O cabelo, que substituiu o cabelo rapado cresceu mais escuro ou mais grosso, e não mais rápido. Estudos mais recentes têm confirmado isso.
Quando o cabelo vem em primeiro lugar, após ter sido rapado, cresce com uma borda sem corte em cima. Com o tempo, a ponta fica desgastada por isso pode parecer mais grossa do que realmente é. O cabelo também surge escuro, porque não foi branqueada pelo sol.
6. Você deve beber pelo menos oito copos de água por dia
Fato: Não há nenhuma evidência médica para sugerir que você precisa dessa quantidade de água. Este mito pode ser rastreado até às recomendações de 1945 do Conselho de Nutrição que uma pessoa consome o equivalente a oito copos de líquido por dia.
5. Unhas e cabelos crescem após a morte
A maioria dos médicos consultados sobre este mito inicialmente pensarem ser verdade. Após uma reflexão mais aprofundada, eles perceberam que é impossível. Como a pele do corpo está a secar, os tecidos moles, especialmente da pele, retraem.
As unhas parecem muito mais proeminentes com a pele seca. O mesmo é verdade, mas menos óbvio, com o cabelo. À medida que a pele encolhe, o cabelo parece mais proeminente dando a impressão de crescer um pouco.
4. Nós usamos apenas 10 por cento do nosso cérebro
Exames de ressonância magnética, tomografias e outros exames de imagem não mostram áreas dormentes do cérebro, e mesmo ver neurónios individuais ou células não revela áreas inactivas. Estudos metabólicos também não mostram áreas não funcionantes.
O mito provavelmente originou-se com vendedores ambulantes de auto-aperfeiçoamento no início de 1900 que queriam convencer as pessoas que ainda não haviam atingido todo o seu potencial. Isso também não está em consonância com os restantes órgãos do corpo, que funcionam a 100%.
3. Ler com pouca luz estraga a sua visão
Os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que a leitura com pouca luz provoca danos permanentes aos olhos. Ela pode causar cansaço visual e diminuição da acuidade temporariamente, que desaparece após descanso.
2. Comer peru provoca sonolência
Um produto químico no peru chamado triptofano é conhecido por causar sonolência. Mas o perú não contém mais triptofano do que o frango ou a carne. Este mito é alimentada pelo fato de que o perú é frequentemente consumido em festas, muitas vezes acompanhada de álcool.
1. Celulares são perigosos em hospitais
Não há casos conhecidos de mortes relacionadas com celulares. Casos de interferência menos sérios com dispositivos hospitalares parecem ser em grande parte anedóticos, descobriram os pesquisadores.
Num estudo real, descobriu-se que os celulares interferem com 4 por cento dos dispositivos, mas apenas quando o telefone está dentro de 3 metros de dispositivo. Um estudo mais recente, este ano, não encontrarou nenhuma interferência em 300 testes em 75 salas de tratamento.
Ao contrário, quando os médicos usam celulares, a comunicação melhorou significativamente e cometeram menos erros. [Livescience]
Acrescento o oitavo mito 8. Quanto maior o cérebro maior a inteligência.Mito. O tamanho do cérebro e da cabeça não tem relação direta com a inteligência. A inteligência é fruto da qualidade da conexão entre determinados neurônios e da eficiência de complexas redes neurais. Comparando, por exemplo, o cérebro humano com o de outras espécies fica claro que o tamanho não garante evolução cognitiva. Baleias e elefantes, por exemplo, têm um cérebro muito maior que o cérebro humano e são cognitivamente inferiores. Animais maiores têm crânios maiores e cérebros maiores, um marcador melhor para predizer a inteligência é a relação entre o peso total do animal e o peso do cérebro. Nesse quesito a espécie humana é a que tem o maior cérebro em relação ao corpo.
ResponderExcluirDe fato, o mito de "usarmos apenas 10%" do cérebro é implausível. Mas... a IDEIA geral é verdadeira, há um problema semântico apenas. Não há como USARMOS apenas 10%, caso fosse isso, ao levarmos uma perfuração cerebral haveria 90% de chance de não morrermos.
ResponderExcluirMas... acontece, que segundo o que eu andei pensando e pensando muito, a ideia abstrata por trás das palavras ainda é consistente.
Acontece que a capacidade associativa de nossos neurônios é absurdamente ativa. Muito, muito muito mais do que a de outros animais. Bem, com essa capacidade absurda de associar dados, emerge automaticamente uma capacidade invejável de resolver problemas/achar soluções. Estamos CONSCIENTES de apenas uma fração mixuruca de nossa rede neural... maior parte é automática. Sei que é uma afirmação pesada a que farei agora, mas: vejo ignorância crônica em cada esquina. E não falo isso comparando com os MEUS padrões do que é inteligência, viu? Falo isso comparando com a complexidade associativa de nosso cérebro.
... Desconfio do açúcar refinado e do método de ensino. Mas ainda assim, no final das contas, creio que há alguma coisa, alguma... alguma que não sei o que no momento, mas HÁ alguma coisa de errada com os cérebros da nossa sociedade. Bem, continuarei estudando. Boas pesquisas para todos aí. ------Hermes