Pela primeira vez na história da humanidade, um robô de chat convenceu os seres humanos que era uma pessoa e passou no famoso teste de Turing.
Alan Turing desenvolveu o teste de Turing em 1950, para avaliar a inteligência artificial, medindo o quão bem uma máquina interage com os seres humanos. [Qual o futuro dos computadores?]
Se a máquina consegue manter uma conversa que é semelhante ou equivalente ao de uma pessoa, ela passa no teste. [Quão inteligente é a Inteligência Artificial Avançada?]
Investigadores na Rússia inventaram um programa de computador chamado Eugene Goostman. Eugene age como um rapaz de 13 anos que tem Inglês como segunda língua, e em 7 de junho de 2014, fez o Teste de Turing na Royal Society, em Londres.
No teste, 33 por cento dos juízes ficaram convencidos de que se tratava de um adolescente, relata Andrew Griffin no jornal The Independent. Este é o primeiro computador a passar com êxito o teste icónico. [A Singularidade tecnológica: devemos preocupar-nos?]
"Nossa ideia principal é que ele possa alegar que sabe alguma coisa, mas a idade dele também torna perfeitamente razoável que não saiba tudo", disse Vladimir Veselov, um dos criadores de Eugene, em entrevista com Griffin.
"No campo da inteligência artificial não existe marco mais emblemático e controverso do que o Teste de Turing, quando um computador convence um número suficiente de interrogadores de que ele não é uma máquina, mas sim é um ser humano", acrescentou.
Antes de começar a preocupar-se com robôs que possam vir a tomar controle sobre o mundo, vamos respirar e verificar os números com cuidado. Eugene passou no teste, mas ele convenceu 33 por cento dos juízes (que corresponde a 1 em 3), informa o Gizmodo.
Devemos também lembrar-nos que ele estava a agir como um adolescente cuja língua não-nativa era o Inglês, de modo que os juízes podem ter sido um pouco mais indulgentes. [Stephen Hawking diz que IA pode ser o maior erro na história]
De igual forma, devemos também considerar que as regras do Teste de Turing estipulam que um computador pode passar no exame se for confundido com um ser humano em mais de 30 por cento do tempo. [Robôs inteligentes vão ultrapassar os humanos em 2100]
Por fim, tal como o site io9 gentilmente nos lembra: Eugene Goostman é um chatbot, um programa de computador, e não um supercomputador. Então, pode ter a certeza de que os robôs não vão criar nenhum estratagema ou golpe contra a humanidade em breve. [Sciencealert]