Cientistas da Universidade La Trobe publicou um estudo esta semana sobre uma proteína encontrada nas flores da planta do tabaco que tem como alvo a destruição das células cancerosas humanas.
Isso levanta a possibilidade da mais profunda espécie de ironia: tabaco pode ser usado para produzir medicamentos usados para tratar cancros causados pelo tabaco. [Cancro: Factos e Sintomas]
Mark Hulett e Marc Kvansakul usaram uma variedade de técnicas para examinar a estrutura e a função de uma proteína chamada nad1. Esta proteína é um tipo de molécula que protege as plantas de infecções fúngicas. [Cancro: Formas de Tratamento]
O motivo pelo qual ela também funciona em células cancerosas de mamíferos é desconhecida, mas provavelmente está relacionada com a similitude das suas membranas celulares, onde a ação nesta história acontece.
Além de testar a ação de nad1 contra vários fungos, incluindo levedura, os pesquisadores testaram a sua ação sobre linhagens de células humanas oriundas de linfomas, o cancro de colo do útero e da próstata. [Como prevenir o cancro]
A acção de interesse foi a ruptura das membranas celulares, que foi medida numa variedade de formas. O vazamento de ATP (a molécula comum) foi mostrado acontecer poucos minutos após introdução de NadD1 às células do linfoma.
As células cervicais mostraram um aumento na absorção de um corante conhecido como iodeto de propídio, demonstrando uma quebra das membranas das células. Mais drasticamente, a microscopia confocal de varrimento laser foi utilizado para a produção de filmes com as células cancerosas a mudar de forma na presença de nad1.
Protuberâncias de forma irregular nas células são conhecidas como bolhas. Blebbing é como soprar pequenos balões nas bordas das células, que muitas vezes precede a morte celular. Quando as membranas são quebradas, os conteúdos da célula são libertados num processo conhecido como lise celular.
O nad1 causava Blebbing seguido por lise, quando introduzido em células cancerosas humanas. Por outras palavras, eles desenvolveram protuberâncias e então caíam na presença desta proteína. Não é improvável que seja uma experiência mais gratificante do que aquela que resulta na explosão de células tumorais.
Esta pesquisa, publicada na eLife, tem o potencial de levar a novas abordagens para o controle de infecções fúngicas e cancro e, certamente, fornece novas informações sobre os mecanismos de morte celular.
Imaginem campos de tabaco cultivadas pelas suas flores em vez das suas folhas, levando a uma explosão de saúde. Mas não prenda a respiração, muitos anos de pesquisa serão necessários antes de qualquer tratamento real estar disponível. [Livescience]