Um tratamento experimental usando uma bexiga de porco pode ajudar as pessoas que perderam uma parte substancial de um músculo, dizem os pesquisadores.
Num estudo inicial, os pesquisadores trabalharam com cinco homens na faixa dos 20 e 30 anos, que tinham lesões antigas que lhes havia destruído entre 58 e 90% de um dos músculos da perna.
Dois dos homens eram veteranos vítimas de explosões; dois tiveram acidentes de esqui, e um tinha uma lesão induzida pelo exercício. Todos tinham lesões dos quadríceps, ou do músculo no lado de fora da perna, chamado o compartimento anterior da tíbia. [Sistema muscular: Fatos, Funções e Doenças]
O tratamento envolveu a remoção de células de uma bexiga de porco, deixando apenas um andaime feito de proteínas resistentes. Na cirurgia, os médicos removeram o tecido da cicatriz do músculo restante dos homens, e aplicaram o andaime na área, sinalizando as células-tronco dentro do músculo para se transformarem em músculo.
Os pacientes foram monitorizados durante vários meses quando começaram a fisioterapia. Três dos cinco pacientes melhoraram o suficiente para os médicos considerarem a operação um sucesso. Esses pacientes podiam realizar determinadas tarefas, como estar apoiado num só pé.
Os outros dois homens mostraram menos ou nenhum benefício, de acordo com os resultados detalhados a 30 de abril na revista Science Translational Medicine. [7 tecnologias que transformaram a guerra]
O músculo é um dos poucos tecidos que se regenera, mas se um pedaço grande o suficiente é removido, o prejuízo pode resultar na formação de cicatrizes, perda de mobilidade e perda de circulação nos membros. [Criado músculo artificial 100 vezes mais forte que o humano]
No estudo, o andaime de proteína que mantém as células de uma bexiga de porco no lugar funcionou, atraindo as células-tronco para o local da lesão, além de fornecer um quadro para que as células crescerem e substituírem o tecido perdido.
Os pesquisadores tinham já feito trabalhos preliminares utilizando ratos. Quando os pesquisadores colocaram uma peça do andaime da bexiga de porco em ratos feridos, o músculo dos animais cresceu e os ratos foram capazes de andar novamente.
Para se certificarem de que o músculo realmente voltou a crescer, os pesquisadores confirmaram que os músculos responderam a impulsos nervosos e tinham circulação sanguínea. Se essa terapia se tornar mais generalizada, pode mudar a forma como as pessoas com lesões de perda de músculo são tratadas.
Atualmente, esses pacientes não começam a fisioterapia após a cirurgia. No entanto, este tratamento requer que o tratamento comece o mais cedo possível, porque a terapia sinaliza as células-tronco para fazer novos músculos. [Livescience]
Realmente o organismo do porco tem certa semelhança com o organismo humano. Muito interessante essa descoberta.
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