A variação do gene que nos ajuda a viver mais tempo parece também melhorar o pensamento, a aprendizagem e a memória, sugere um estudo.
O gene é uma variante de KLOTHO, ou LK, conhecido por ajudar as pessoas a viver mais tempo e a reduzir o risco de acidente vascular cerebral.
Mas se isso não é incrível o suficiente, agora os pesquisadores descobriram que esta variante particular, KL-VS, também melhora a capacidade mental, medida através de uma série de testes, independentemente da idade e do género.
O efeito é tão pronunciado, relata o site The Economist, que poderia aumentar o QI num valor equivalente a seis pontos. Este impulso exato não foi confirmado ainda, porque os 220 participantes da pesquisa não estavam realmente a fazer testes de QI.
No entanto, se for confirmado, o The Economist estima que o gene KL-VS pode ser responsável por cerca de 3% da variação do QI na população. Os cientistas também levaram o seu estudo um pouco mais longe e aumentaram os níveis de KL-VS em ratos para ver o que iria acontecer.
Por incrível que pareça, realmente tornou-os mais inteligentes, e os pesquisadores acreditam que isso possa ser porque fortalece as conexões nervosas no cérebro através da proteína KLOTHO.
Esta pesquisa mostra que o gene pode não só ajudar a melhorar a nossa memória e capacidade cognitiva, mas também pode ajudar a tratar pessoas que sofrem de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
"Se pudéssemos aumentar a capacidade do cérebro no seu funcionamento, também poderemos ser capazes de contrariar as demências", afirma Dena Dubal, principal autor do estudo da Universidade da Califórnia.
Os resultados foram publicados na revista Cell Reports e têm grandes implicações para os países com elevado envelhecimento da população - estima-se que o número de casos de demência em todo o mundo duplique a cada 20 anos. [The Economist, Sciencealert]