Pesquisadores australianos foram os primeiros no mundo a regenerar músculos do coração de primatas com células-estaminais embrionárias humanas.
A descoberta pode conduzir a uma cura para a insuficiência cardíaca e pode ser testada em humanos dentro de poucos anos.
A equipa, liderada pelo cardiologista James Chong, da Universidade de Sydney, injetou cerca de um bilhão de células do músculo cardíaco cultivadas a partir de células estaminais embrionárias humanas em corações de sete macacos pigtail para reparar danos causados por um ataque cardíaco.
Como resultado, 40 por cento da região danificada do coração regenerou-se e as células musculares enxertadas começaram a ser povoadas pelos vasos sanguíneos do coração hospedeiro.
Cientistas anteriormente conseguiram cultivar células estaminais embrionárias em células do coração, mas esta foi a primeira vez que estas células foram traduzidas para um animal de grande porte. A pesquisa foi publicada na revista Nature.
Para monitorar as células do coração que haviam sido injetadas de forma diferenciada a partir de células estaminais embrionárias humanas, os pesquisadores colocaram-lhes um marcador que brilhava em tons verde, quando o coração batia.
A descoberta, se bem sucedida em humanos, poderia substituir a necessidade de transplantes de coração em humanos. Chong afirma que, com mais investigação e financiamento, espera começar os testes clínicos em humanos daqui a alguns anos.
No entanto, alguns dos macacos desenvolveram ritmos cardíacos anormais após o procedimento, embora os macacos pareçam saudáveis. Isso irá exigir uma investigação mais aprofundada antes de se começarem os testes em humanos. [Sciencealert]