A farmacologia é o campo científico que estuda como o organismo reage aos medicamentos e como os medicamentos afetam o corpo.
Os cientistas estão interessados em muitos aspectos da farmacologia, incluindo um chamado farmacocinética, que lida com a compreensão de todo o ciclo de vida de um medicamento dentro do corpo.
Saber mais sobre cada um dos quatro estágios principais de farmacocinética, ajuda a conceber medicamentos que são mais eficazes e que produzem menos efeitos colaterais.
Conheça de forma rápida e simples cada um desses quatro estágios e tenha uma visão mais global da viagem dos medicamentos dentro do nosso corpo.
1. Absorção
A primeira fase é a absorção. Os medicamentos são absorvidos quando viajam desde o local de administração para a circulação do corpo.
Algumas das formas mais comuns para administrar fármacos são orais (engolir um comprimido), intramuscular (receber uma vacina), subcutânea (injeção de insulina), por via intravenosa (quimioterapia) ou transdérmica (com um adesivo de pele).
Os medicamentos tomados por via oral, são transportados através de um vaso sanguíneo especial indo do tracto digestivo para o fígado, onde uma grande quantidade de medicamento é dividida. Outras vias de administração contornam o fígado, entrando na corrente sanguínea directamente, ou através da pele ou dos pulmões.
2. Distribuição
Assim que um fármaco é absorvido, a próxima etapa é a distribuição. Na maioria das vezes, o sangue é o veículo para o transporte de medicamentos em todo o corpo. Durante esta etapa, os efeitos colaterais podem ocorrer quando um medicamento tem um efeito num local que não seja o seu alvo.
Para aliviar a dor, o órgão-alvo pode ser um músculo dorido na perna; a irritação do estômago pode ser um efeito colateral. Fármacos destinados ao sistema nervoso central enfrentam uma barreira quase impenetrável chamada barreira hemato-encefálica, que protege o cérebro de substâncias potencialmente perigosas, tais como venenos ou vírus.
Felizmente, os farmacologistas desenvolveram várias formas para infiltrar alguns fármacos através dessa barreira. Outros fatores que podem influenciar a distribuição incluem proteínas e moléculas de gordura no sangue que pode prender as moléculas do fármaco inpedindo-as de atuar.
3. Metabolismo
Depois de um medicamento ser distribuído por todo o corpo e fazer o seu trabalho, deve ser metabolizado. Tudo o que entra na corrente sanguínea - seja ingerido, injetado, inalado ou absorvido através da pele - é levada para a fábrica de processamento químico do corpo, o fígado.
Lá, as substâncias são quimicamente atacadas, torcidas, cortadas, coladas e transformadas por proteínas chamadas enzimas. Muitos dos produtos de degradação enzimática, ou metabolitos, são quimicamente menos activos do que a molécula original.
Diferenças genéticas podem alterar a forma como certas enzimas trabalham, afetando também a sua capacidade de metabolizar. Produtos e alimentos à base de plantas, que contêm muitos componentes ativos, podem interferir com a capacidade do organismo em metabolizar.
4. Excreção
O fármaco agora inactivo sofre a fase final do seu tempo no corpo, a excreção. Esta remoção ocorre através da urina ou fezes. Ao medir a quantidade de um fármaco na urina (e também no sangue), os farmacologistas clínicos podem calcular como uma pessoa está a processar o fármaco.
Tal fato pode ajudar os médicos a fazer uma alteração da dose prescrita ou mesmo no medicamento. Por exemplo, se o medicamento está a ser eliminado de forma relativamente rápida, pode ser necessária uma dose mais elevada ou uma troca de medicamento. [Livescience]
Gostei das explicações: claras, objetivas e de fácil entendimento. Parabéns. 02/06/14
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