A NATO, ou em português OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), foi formada em 1949, enquanto grande parte da Europa ainda estava lutando para superar a devastação da Segunda Guerra Mundial.
Quando a União Soviética bloqueou o acesso dos Aliados a partes de Berlim, em 1948, e a Alemanha foi dividida em duas nações separadas, os Estados Unidos e vários países europeus responderam ao assinar o Tratado do Atlântico Norte.
O tratado prevê que os países membros da NATO respondam coletivamente a um ataque contra qualquer outro membro. Os países participantes não são obrigados a responder com força militar, mas podem optar por apoiar outros membros com formas políticas, económicas ou de outro tipo.
A missão da NATO
"O propósito essencial da NATO é salvaguardar a liberdade e a segurança dos seus membros através de meios políticos e militares", afirma o site do grupo, com sede em Bruxelas.
A NATO também expressou o compromisso de "valores democráticos" e da partilha de recursos que irão reforçar a defesa e segurança dos países membros através da prevenção de conflitos.
Mas a abordagem do grupo à ação militar é inequívoca: "Se os esforços diplomáticos falharem, ele tem a capacidade militar necessária para realizar operações de gestão de crise", afirma o site.
Membros da NATO
Atualmente, a adesão à NATO conta com 28 países. Os 12 membros originais de 1949 são: Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos.
Nos anos desde que os membros fundadores assinaram, sete nações adicionais aderiram à NATO: Grécia, Turquia, Alemanha, Espanha, República Checa, Hungria e Polónia.
Em 2004, um ano após a NATO assumir o comando da coligação de nações que lutaram no Afeganistão, outro conjunto de países se associaram: Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia. Em 2009, a Albânia e a Croácia também aderiram.
Além dos seus 28 países-membros, a NATO tem parcerias estratégicas com outros países através do seu "Plano de Acção para a Adesão", que oferece assistência e aconselhamento a países candidatos à adesão à NATO.
Quatro países estão actualmente a tentar aderir à NATO através precisamente desses planos, nomeadamente a Geórgia, a Bósnia Herzegovina, o Montenegro e a República da Macedónia.
Organização da NATO
Os países membros da NATO são representados por uma delegação, cada uma com um presidente "representante permanente" que é, geralmente, um diplomata experiente ou um oficial militar. Estes representantes formam o Conselho do Atlântico Norte, o órgão administrativo preliminar no âmbito da NATO.
O presidente do Conselho do Atlântico Norte e o diretor geral da NATO é o secretário-geral, que é nomeado por consenso dos membros da NATO. O Secretário-Geral geralmente serve um mandato de quatro anos, embora esse termo possa ser prorrogado.
O líder das operações militares da NATO é o Comandante Supremo Aliado da Europa, que tem sido tipicamente um líder militar americano (o Secretário-Geral tem sido tipicamente um europeu).
O atual secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen é o ex-primeiro-ministro da Dinamarca. Jens Stoltenberg o ex-primeiro-ministro da Noruega, foi escolhido para substituir Rasmussen quando o seu mandato terminar em outubro de 2014.
Ação da NATO
Nos anos seguintes à dissolução da União Soviética, em 1991, a missão da NATO mudou um pouco em resposta.
Nos conflitos dos Balcãs que ocorreram na antiga Jugoslávia na década de 1990, as tropas da NATO realizaram as suas primeiras ações em tempo de guerra, que incluíram abater aeronaves bósnias, bombardeios e outros ataques aéreos.
Após os ataques terroristas do 11 de setembro nos Estados Unidos, as tropas da NATO foram postas em ação para cumprir objetivos do grupo, que afirmam que um ataque a um membro é um ataque contra todos.
Em 2003, a NATO assumiu o controle das operações militares na ocupação anti-terrorista do Afeganistão. As forças da NATO também têm sido ativas nos esforços anti-pirataria ao largo da costa leste de África, e na guerra civil da Líbia, em 2011.
Nas semanas seguintes à controversa anexação russa da região semi-autónoma da Crimeia ucraniana, a NATO tem desempenhado um papel na gestão da crise diplomática, embora nem a Rússia nem a Ucrânia sejam membros de pleno direito da NATO. [Livescience]