O principal ingrediente da aspirina, que é encontrada em extratos de plantas como a casca de salgueiro, tem sido usado há séculos como um analgésico.
No final de 1800, um químico sintetizou uma forma do composto, chamado ácido acetilsalicílico, que foi bem tolerado por pessoas e é encontrado atualmente em comprimidos de aspirina.
Além de aliviar a dor, o medicamento pode ter um grande número de outros efeitos sobre o corpo. Aqui estão cinco fatos interessantes sobre a aspirina.
Reduz o risco de ataques cardíacos
Tomar uma dose baixa de aspirina por dia pode reduzir o risco de ataques cardíacos. Isso porque a aspirina impede que as células chamadas plaquetas se aglomerem dentro dos vasos sanguíneos.
A aglutinação de plaquetas é essencial para reparar feridas, mas a formação de coágulos que são demasiado grandes pode bloquear os vasos sanguíneos e impedir o fluxo de sangue, levando a um ataque cardíaco.
Este risco de coágulos de sangue é maior para pessoas com aterosclerose, ou acúmulo de placas nas artérias. A American Heart Association recomenda diariamente aspirina em baixas doses para pessoas com alto risco de ataque cardíaco, ou que sobreviveram a um ataque cardíaco.
No entanto, as pessoas devem falar com o seu médico primeiro sobre se aspirina diariamente é boa para eles. A aspirina pode ter efeitos secundários, incluindo um aumento do risco de hemorragia gastrointestinal, que precisam ser pesados contra os benefícios de tomar o fármaco.
Aumenta o risco de zumbido nos ouvidos
Tomar aspirina pode aumentar o risco de zumbido nos ouvidos. O risco é mais provável entre aqueles que tomam altas doses de aspirina (oito a 12 comprimidos por dia), de acordo com a Universidade da Califórnia.
Pensa-se que o ácido salicílico, um produto da decomposição do principal ingrediente da aspirina, pode danificar o ouvido interno, de acordo com a Universidade da Califórnia, nos EUA.
Reduz o risco de cancro
Estudos descobriram uma ligação entre a tomar aspirina regularmente e um risco reduzido de cancro, particularmente cancro do cólon. Um estudo publicado em 2011 descobriu que tomar duas aspirinas por dia reduz a taxa de cancro do cólon em 63% entre as pessoas com alto risco. [Aspirina reduz risco de cancro do cólon, sugere estudo]
Outro estudo publicado no ano passado mostrou que a aspirina diária reduziu o risco de morte por cancro. A aspirina bloqueia as enzimas ciclooxigenase (COX), que são produzidas naturalmente pelo corpo, e também por alguns tecidos pré-cancerosos.
Apesar da crescente evidência associando o uso de aspirina regular a um risco reduzido de cancro, o fármaco ainda não é recomendado como sendo uma maneira correta de prevenir o cancro. [Uso regular da aspirina pode reduzir risco de cancro do ovário]
Aumenta o risco de síndrome de Reye
Crianças que tomam aspirina podem ter um risco aumentado de síndrome de Reye, uma doença rara, caracterizada por lesões cerebrais súbitas e problemas de fígado. Os sintomas podem incluir vómitos prolongados, confusão e convulsões.
A condição ocorreu em crianças que receberam aspirina quando se recuperavam de uma gripe. Embora a aspirina seja aprovado para uso em crianças com mais de 2 anos, nunca deve ser dada a crianças que estão a recuperar-se de uma gripe.
Problemas na gravidez
A aspirina e outros medicamentos não-esteróides anti-inflamatórios (NAIDS), não são recomendados durante a gravidez, especialmente no último trimestre. Uma vez que a aspirina afeta a coagulação do sangue, pode aumentar o risco de sangramento da mãe, ou do feto. [Livescience]