Apesar dos inúmeros esforços de um telescópio da NASA para encontrar o esquivo Planeta X, não existe nenhuma evidência de que ele exista de facto.
O hipotético planeta que pode ou não estar a orbitar o Sol além da órbita de Plutão tem inspirado muitas teorias do fim do mundo.
Na preparação para o tão esperado "apocalipse maia" no dia 21 de dezembro de 2012, muitos diziam que o Planeta X iria passar pelo sistema solar interno, provocando um caos gravitacional e o consequente fim do mundo.
Alguns chegavam mesmo a dizer que o Planeta X poderia ser o fictício planeta “Nibiru”, supostamente habitado pelos Annunaki, uma raça alienígena determinada em reivindicar a Terra como o seu próprio planeta.
No entanto, passaram quinze meses e nada aconteceu. Todo esse absurdo e busca pelo Planeta X tem, na verdade, raízes na ciência verdadeira. Já desde o final do século 19 que os astrónomos têm monitorizar as perturbações gravitacionais dos planetas gigantes gasosos num esforço de rastrear um mundo nas regiões ultraperiféricas do sistema solar.
Este hipotético planeta maciço foi chapado de Planeta X. Tempos depois, um planeta anão foi, de facto, descoberto no sistema solar exterior – Plutão. Sem o tamanho necessário para explicar as perturbações gravitacionais, descobriu-se que Plutão não era o que os astrónomos pensaram ser o Planeta X.
Após a constatação de que as perturbações gravitacionais observadas eram mais provavelmente erros observacionais, o Planeta X tornou-se uma lenda. A ideia de que o Sol pode ter um parceiro estelar também foi investigada.
Essa ideia está ligada há possível existência de uma anã marrom despercebida na borda do sistema solar. Tal estrela, apelidada de "Némesis", a existir constituiria uma parceira binária do nosso Sol, no entanto, também não existem dados que apontem para a sua existência.
“O sistema solar exterior provavelmente não contém nenhum grande planeta gigante gasoso, ou uma pequena estrela companheira”, afirma Kevin Luhman, do Centro de Exoplanetas e Mundos Habitáveis na Penn State University.
Luhman e a sua equipa analisaram dados do NASA’s Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), da NASA, um telescópio espacial que realizou um levantamento detalhado de infravermelho de todo o céu entre 2010 e 2011.
Se algo grande estivesse algures lá fora, o WISE poderia facilmente te-lo visto. Felizmente, o WISE não encontrou nenhum candidato ao Planeta X ou à estrela Némesis. De acordo com uma nota de imprensa da NASA:
“Nenhum objeto do tamanho de Saturno, ou maior, existe a uma distância de 10.000 unidades astronómicas (UA), e nenhum objeto maior do que Júpiter existe a 26.000 UA. Uma unidade astronómica equivale a cerca de 150 milhões de km". [DiscoveryNews]