A teoria cosmológica atual afirma que o universo acabará por rasgar-se em pedaços devido à sua taxa cada vez mais acelerada de expansão.
No entanto, um par de físicos acreditam que não será assim baseando-se na reformulação que fizeram de uma faceta integrante da relatividade geral: a constante cosmológica.
Albert Einstein teve que adicionar a idéia da constante cosmológica (ou seja, o valor da densidade de energia uniforme que permeia o vácuo do espaço) à sua teoria da relatividade geral, como uma maneira de explicar porque o universo não estava em colapso sobre si mesmo e porque parecia ser estático.
Mais recentemente, e devido ao universo parecer estar em expansão, a constante cosmológica tinha que dar um valor diferente de zero. O problema, dizem Nemanja Kaloper e Antonio Padilla, é que este valor "não- zero" está muito, muito longe do zero e é exageradamente grande.
Além do mais, resultantes racionalizações "ajustam", como a noção de que a energia vem de uma partícula semelhante à de Higgs, é muito instável. Michael Schirber da Sociedade Americana de Física explica:
"Devido à constante cosmológica ser, por definição, constante ao longo do tempo e do espaço, é natural associá-la com a energia do vácuo. Infelizmente, quando se calcula a densidade de energia do vácuo de flutuações quânticas de ponto zero (ou seja, quando as partículas entram e saem da existência), o resultado é um fator de 10 elevado a 120 superior ao valor deduzido de observações astronômicas".
Para resolver este problema, Kaloper e Padilla reformularam ligeiramente a relatividade geral de modo a que a constante cosmológica seja a média histórica da densidade de energia na matéria do universo, anulando a entrada de flutuações quânticas.
O resultado é uma pequena constante cosmológica que sugere que a taxa atual de expansão do universo vá parar no futuro e inverter o seu sentido, levando ao Big Crunch.
Leia todo o estudo na Physical Review Letters. [io9]