Um zoológico dinamarquês indicou esta quinta-feira que talvez tenha que voltar a sacrificar outra girafa saudável, poucos dias após a morte de Marius, num zoo de Copenhaga, que provocou revolta.
O zoológico Jyllands Park, em Videbaek, considera a possibilidade do mesmo destino para uma girafa macho de sete anos habitante desse mesmo zoo, precisamente pelas mesmas razões: ele não possui uma herança genética interessante.
"Nós não iremos poder mantê-lo, caso a consigamos uma fêmea, porque teremos dois machos que irão disputá-la", afirmou Janni Løjtved Poulsen, uma responsável do zoológico.
"Recebemos uma girafa macho que é melhor de um ponto de vista genético, e tudo depende do coordenador de reprodução, quando o mesmo receber uma outra girafa de sangue puro", acrescentou.
O zoológico aderiu há pouco mais de um ano ao programa para as espécies protegidas da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), e recebeu neste contexto um macho "puro-sangue" em abril de 2013.
A girafa, cujos genes não são suficientemente originais, deve agora encontrar outro zoológico ou correrá risco de morte. O zoológico de Videbaek não definiu um prazo para decidir seu futuro.
A notícia da morte de Marius no Zoo de Copenhaga deu a volta ao mundo, para a surpresa do zoológico, que autopsiou o animal em frente aos visitantes, maioritariamente crianças [Conheça aqui toda a história].
Este zoológico explicou que não poderia deixar que a girafa atingisse a idade adulta, por causa do risco de consanguinidade. Vários funcionários, incluindo o diretor científico Bengt Holst, receberam ameaças de morte após o sacrifício da pequena girafa de um ano e meio.
Ainda assim, e apesar de toda a polémica e revolta mundial associada ao acontecimento, o zoológico recebeu na passada terça-feira o apoio da maior associação dinamarquesa de defesa dos animais, a Dyrens Beskyttelse, que considerou a seleção normal para preservar a espécie. [HuffPost]