Uma nova técnica de imagem demonstra a atividade altamente complicada e frenética de uma partícula de vírus a tentar atacar e infetar uma célula.
O vídeo mostra uma pequena bola a mover-se de uma forma rápida e irregular até encontrar uma célula.
Em seguida, salta e e move-se ao longo da superfície, e tenta insidiosamente deslizar para o interior da célula. Embora aparentemente caótica, é uma estratégia que consegue fazer o trabalho.
O "vírus" é realmente uma esfera de poliestireno minúscula cravejada com segmentos de proteínas conhecidas como péptidos tat, que são derivados de HIV-1 e ajudam a partícula a encontrar a célula.
A bola foi equipada com pontos quânticos (ou bits) semicondutores que emitem luz, permitindo à câmera encontrá-lo e segui-lo. Ao contrário de outras visualizações, o movimento da partícula de vírus e os contornos altamente detalhados da célula foram realmente gravadas por câmeras usando uma técnica chamada microscopia de varredura a laser.
Uma câmara foi fixada na partícula, enquanto uma segunda câmara focava a célula. A visualização em tempo real, multi- resolução e 3D resultante é um amálgama dos dois. Antes desta técnica, apenas a microscopia mícron poderia render tal detalhe requintado - mas que só produzia imagens bidimensionais, e matavam o ambiente celular.
"Seguir o movimento da partícula permitiu traçar estruturas muito finas com uma precisão de cerca de 10 nanômetros, que normalmente estão disponíveis somente num microscópio eletrônico", observou Kevin Welsher, um dos pesquisadores envolvidos.
Um nanômetro é um bilionésimo de um metro e cerca de 1000 vezes menor que a largura de um cabelo humano. Pela medição das alterações da velocidade da partícula, os investigadores podem inferir a viscosidade do ambiente extracelular ligeiramente acima da superfície da célula.
Pesquisas como esta poderão eventualmente ajudar os pesquisadores a prevenir a ocorrência de infecções virais. Também poderá ajudar futuramente no desenvolvimento de nanotecnologia médica e máquinas microscópicas. [io9]