Em caso de uma futura extinção em massa, os ratos podem ser os animais mais adequados para repovoar o mundo, dizem alguns cientistas.
E se os ratos sobreviverem à próxima extinção em massa eles provavelmente aumentarão de tamanho, dizem também os cientistas.
As extinções em massa atingiram a Terra pelo menos cinco vezes na história geológica, mais recentemente, há cerca de 65 milhões de anos, quando os cientistas pensam que um asteróide atingiu o planeta e dizimou os dinossauros.
Os mamíferos aproveitaram o espaço ecológico recentemente disponível e, finalmente, repovoaram e dominaram o reino animal. Alguns pesquisadores acreditam que a Terra está à beira da sua próxima extinção em massa que pode ocorrer nos próximos séculos,
Esse facto pode ocorrer como resultado da destruição do habitat induzida pelo homem, e da degradação ambiental, afirma Jan Zalasiewicz, geólogo da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que estuda a história da Terra.
Apenas nos últimos cem anos, milhares de espécies animais tornaram-se ameaçadas de extinção e centenas foram extintas, muitas como resultado da atividade humana.
Zalasiewicz e colegas desenvolveram uma experiência de pensamento em que se consideraram que animais poderim ser os mais propensos a sobreviver e repovoar o mundo se a extinção em massa acontecesse, tendo concluído que os ratos podem ser os melhores candidatos.
Os pesquisadores basearam as suas hipóteses na capacidade comprovada dos ratos em se infiltrar na maioria das grandes massas de terra e ilhas do planeta, bem como a sua persistência em todo o mundo, apesar das tentativas generalizadas para controlar as suas populações.
Outros animais, como gatos e porcos selvagens, também se dão bem em diversos ecossistemas em todo o mundo, mas não são tão comuns como os ratos.
No caso de uma extinção em massa causada pela atividade humana, ou um evento catastrófico, os ratos são, teoricamente, os mamíferos mais susceptíveis de serem poupados, dada a sua grande extensão e capacidade de lidar com condições variadas, disse Zalasiewicz.
Os pesquisadores sugerem que as suas descobertas podem ser um sinal de alerta para os seres humanos tomar conhecimento da sua própria influência significativa sobre o meio ambiente, e para considerar como o mundo poderia mudar como resultado das suas ações.
Ainda assim, Zalasiewicz observou que a conclusão da equipa é simplesmente uma experiência de pensamento que não pode ser testada experimentalmente. "É uma suposição, mas baseia-se na forma como a geologia tem operado no passado e os tipos de criaturas que têm sido bem sucedidas".
Como os animais preenchem o espaço ecológico, eles tendem a tornar-se maiores, assim como ocorreu quando os mamíferos evoluíram desde pequenas criaturas que corriam aos pés dos dinossauros até organismos muito maiores que agora vagam pelo planeta.
Zalasiewicz e colegas pensam que no caso dos ratos, os mesmos provavelmente também iriam crescer em tamanho ao longo de milhões de anos de evolução, e provavelmente iriam também evoluir noutros aspectos desconhecidos. [Huffpost]
Gostei.. Muito interresante.
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