As mulheres em recuperação de tratamento do cancro da mama podem ter ainda mais motivos para se inscrever numa aula de ioga, uma vez que um novo estudo sugere que a prática pode diminuir a fadiga relacionada ao cancro e reduzir a inflamação no corpo.
É o primeiro estudo em sobreviventes de cancro da mama a mostrar reduções na inflamação, disse a pesquisadora Janice Kiecolt-Glaser, professora de psiquiatria e psicologia na Ohio State University.
A inflamação é uma resposta imune que é normalmente de proteção, quando se luta com infecção ou cura um ferimento. Mas altos níveis de inflamação crónica têm sido associados a uma variedade de condições de saúde, incluindo cancro, doenças cardíacas e diabetes.
Para saber se a prática de ioga pode afetar o humor, a fadiga e os níveis de inflamação das mulheres, Kiecolt-Glaser e seus colegas recrutaram 200 sobreviventes de cancro da mama. As mulheres tinham idades entre os 26 e 76 anos.
Metade das mulheres participaram em aulas de 90 minutos de Hatha Ioga duas vezes por semana, aulas de 90 minutos. A prática envolveu poses em pé, sentada e de esteira, juntamente com exercícios de respiração de ioga.
As participantes das aulas de ioga também foram incentivadas a praticar em casa. As outras participantes ficaram na lista de espera para a aula de ioga, tendo passado pelas aulas mais tarde. O estudo foi publicado a 27 de janeiro no Journal of Clinical Oncology.
Benefícios para a saúde
As mulheres responderam a questionários que descreviam os seus hábitos de humor, de sono e alimentares, antes de começarem as aulas de ioga. Os pesquisadores também mediram marcadores inflamatórios no sangue em todos os momentos do estudo.
O estudo descobriu que as mulheres que faziam ioga durante três meses tiveram uma queda de 41% na fadiga e até uma diminuição de 15% na inflamação, em comparação com mulheres que não haviam praticado ioga.
Três meses depois da aula de ioga terminar, os participantes continuaram a colher recompensas: em média, foram 57% menos propensos a apresentar queixas de cansaço, e beneficiaram de uma queda de 20% na inflamação sistémica.
Embora o mecanismo exato não seja claro, várias razões podem explicar porque o ioga beneficiou as pacientes com cancro da mama em remissão. Uma possibilidade pode estar relacionada com a melhoria do sono dessas paciantes, outra razão é o aumento da atividade física, e uma terceira é a redução do stress.
Praticar ioga
Ao contrário de outras formas de exercício, o ioga também tem componentes de respiração e meditação. Assim sendo, praticar ioga regularmente parece fortalecer os corpos das mulheres e também relaxar as suas mentes.
Uma limitação do estudo é que os pesquisadores não compararam os benefícios observados nas mulheres que praticam ioga com sobreviventes de cancro da mama que regularmente se envolvem noutro tipo de atividade física moderada.
Os pesquisadores escolheram ioga, porque muitas das mulheres tinham sido previamente sedentárias, disse Kiecolt -Glaser. De fato, praticar essa forma suave de exercício ajuda a aumentar os níveis de energia das mulheres após o tratamento do cancro. [Livescience]
Nossa, muito bom abordarem esse tema. Esse é um problema muito grave e sendo que o ioga pode ajudar, é algo bem simples, né. 15% é um percentual muito alto de redução na inflamação. Não dá nem pra dizer que foi coincidência. Realmente deve ajudar mesmo!
ResponderExcluir