Será que a vida moderna na Terra evoluiu ao longo de milhões de anos, ou foi criada por Deus num piscar de olhos?
Essa é a essência do debate entre cientistas e criacionistas, que tem vindo a decorrer desde que Charles Darwin publicou a sua teoria em 1859.
A evidência científica é clara: A Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, e toda a vida evoluiu a partir de primitivos organismos unicelulares.
No entanto, literalistas bíblicos rejeitam esta evidência e operam a partir do ponto de vista de que o livro da Bíblia, especialmente o Gênesis é um relato histórico da criação. Veja como a batalha entre criacionismo e evolucionismo se desenrolou.
6. O nascimento da batalha
Estritamente definido, o criacionismo é baseado numa leitura literal do livro bíblico do Gênesis, que descreve a criação do mundo e de toda a vida durante um período de seis dias. Há muitos tipos de criacionistas.
Criacionistas da Terra jovem, interpretam a Bíblia considerando que a Terra foi criada mais ou menos no seu estado atual em cerca de 6.000 anos de idade (na verdade, tem cerca de 4,5 bilhões de anos).
Outros criacionistas acreditam numa Terra mais velha, com espécies criadas separadamente por Deus. Finalmente, os crentes no Design Inteligente afirmam que a evolução pode ocorrer, mas que uma divindade inicia ou orienta o processo.
Avanços na geologia em 1700 e 1800 abalaram os alicerces do criacionismo da Terra jovem espalhados por pregadores que interpretaram a Bíblia literalmente. O livro "A Origem das Espécies" de Charles Darwin, publicado em 1859, complicou ainda mais a questão.
Agora, a ciência não só descredibiliza o conto bíblico de uma Terra jovem criada em poucos dias, como também sugere que Deus nem sequer criou todos os animais e plantas, como defendem os criacionistas baseados nas leituras literais bíblicas.
5. O julgamento de Scopes
Talvez nenhuma batalha na guerra entre criacionismo e evolução seja mais famosa do que o julgamento de Scopes. Em 1925, John Scopes arriscou o ensino de evolução em uma sala de aula, propositadamente desafiando uma lei que proibia o ensino da teoria da evolução.
O julgamento foi concebido para gerar publicidade e funcionou. No final, Scopes foi considerado culpado e multado em US $100. Após o julgamento, outros estados americanos aprovaram as suas próprias leis anti-evolução. Mas, aos poucos, o movimento anti-evolução perdeu força e a evolução voltou aos livros didáticos.
4. EUA promovem ciência
O ensino da evolução versus criacionismo era irregular até 1958. A União Soviética tinha acabado de lançar o satélite Sputnik e os Estados Unidos estavam a enfrentar uma escassez de matemáticos.
Temendo que a União Soviética estivesse a bater os Estados Unidos na alfabetização científica, os EUA promoveram financiamento projetado para melhorar a educação científica. O ensino da evolução ganha novo fôlego neste contexto de promoção científica.
3. Batalhas judiciais continuam
O julgamento de Scopes não resolveu a questão sobre o ensino da teoria evolutiva. Em 1968, o Tribunal, no caso Epperson vs Arkansas, determinou que tais proibições violavam a Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda, que proíbe o governo de estabelecer religião.
2. Todos os olhos em Dover
Como o criacionismo perdeu no tribunal, os opositores da evolução passaram a argumentar o "design inteligente" - a ideia de que um criador orienta o processo de evolução. Em 2005, a diretoria da escola local, em Dover, Pensilvânia, exigiu que os professores no inicio das suas aulas de biologia, lessem uma declaração sobre o design inteligente.
Os pais levaram o distrito a tribunal. No caso de Kitzmiller vs Dover, o juiz determinou que a imposição da escola era, de facto, inconstitucional. O design inteligente, argumentou a decisão, é uma teoria religiosa, não uma ciência.
1. Bill Nye vs Ken Ham
Num evento altamente sensacionalista, o ciência Bill Nye concordou em debater Ken Ham, fundador do Museu da Criação de Kentucky e crente numa Terra com 6.000 anos de idade. A 4 de fevereiro de 2014, os dois homens debateram durante quase três horas.
Tenha sido feito algum progresso ou não em função da implementação do debate, a discussão mostrou que ainda há um enorme apetite para guerras culturais, especialmente no que diz respeito em temáticas que opõe ciência e religião. [Livescience]
Michel Behe, bioquimico, é um dos crentes que engrossao o caldo a favor do Design Inteligente, a teoria é ate bonita, mas nao tem nada de cientifico nela, o há torna nao tao diferente do que os crentes antigos já diziam. As bases do Design: complexidade irredutivel, perfeiçao do design, já foram refutados há tempos. Claro que naum poderia deixar de dizer qeu o design, apesar de bonito, naum passa de criacionismo com uma aura pseudocientifica.
ResponderExcluirEvidências pró-DI e contra o mito Darwinista https://www.facebook.com/TeoriadoDesignInteligente
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