Arqueólogos da Universidade da Pensilvânia descobriram o túmulo do pouco conhecido faraó da dinastia 13, Sobekhotep I, no local arqueológico de Abydos.
A equipa descobriu o sarcófago maciço de 60 toneladas de quartzito vermelho, no ano passado, mas não foi capaz de identificar o seu proprietário até há semana passada quando encontraram fragmentos de uma estela inscrita com cartucho do faraó retratando-o no trono.
O túmulo foi construído a partir de calcário das pedreiras Tura, perto do Cairo, e foi originalmente coberta por uma pirâmide, agora desaparecida. Dentro do túmulo os arqueólogos encontraram vasos de vísceras.
Esta é uma descoberta muito significativa porque a história dos governantes da 13ª dinastia é nebulosa. Os historiadores não têm sequer certeza de quando a dinastia começou - 1803 AC e 1781 AC são os principais candidatos.
O Ministro de Antiguidades Egípcio Mohamed Ibrahim, disse em comunicado que Sobekhotep I "é provavelmente o primeiro a governar o Egito no início da 13ª dinastia, durante o segundo período intermediário", mas não há consenso sobre esse facto entre os egiptólogos.
De acordo com a Lista dos Reis de Turim, um papiro escrito durante o reinado de Ramsés II (1279-1213 AC), que lista todos os réis do Egipto até aquele momento, agrupando-os em grupos vagamente dinásticos e observando as datas dos seus reinados, Sobekhotep fica algures na 13ª Dinastia, mas não está claro onde começa e termina a 12ª.
Há também alguma confusão sobre se a lista de Turim é Sobekhotep I ou Sobekhotep II, outro faraó da dinastia 13 com o mesmo nome que pode ou não ser a mesma pessoa que Sobekhotep I. Anteriormente, além da sua presença na lista dos Reis de Turim o que se sabia de Sobekhotep I era proveniente somente de relevos numa capela em Abydos.
Com todas essas fontes disputadas e conflitantes, a descoberta do túmulo do faraó Sobekhotep I é um grande benefício para os egiptólogos. Esta descoberta tem o potencial de responder a um monte de perguntas. [The History Blog]