Ideias sobre uma tecnologia que pode conectar as pessoas através de uma rede global com fio já abundavam pelo menos desde a década de 1930.
Mas as origens do centro de informações agora conhecida como a Internet pode ser rastreada até 1958 - o ano em que o Departamento de Defesa dos EUA, fundou a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA, agora conhecida como DARPA).
Na sombra da Guerra Fria, os pesquisadores da ARPA criaram uma tecnologia que permitiria comunicações de rede entre computadores em caso de um ataque soviético no sistema de telefonia do país.
Em 1960, J.C.R. Licklider - que viria a tornar-se o diretor da ARPA em 1962 - publicou "Man- Computer Symbiosis", um ensaio teórico sobre computação interativa em tempo real. As tecnologias que tornariam possível tal computação foram desenvolvidas por pesquisadores da ARPA, nos anos que se seguiram.
Em 1964, Leonard Kleinrock, um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, publicou o seu primeiro livro sobre a tecnologia de comutação de pacotes, que viria a ser a espinha dorsal para as redes de computadores e, por fim, a própria Internet.
Em 1966, outro pesquisador do MIT, Lawrence G. Roberts, tornou-se o novo diretor do Escritório de Processamento de Informações Técnicas na ARPA e começou a trabalhar na primeira rede de comutação de pacotes do mundo, conhecida como ARPANET.
Em 1969, a primeira mensagem host-to-host foi enviada do laboratório de Kleinrock, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles para o Stanford Research Institute (SRI), transformando sonhos teóricos sobre a Internet em realidade.
Mais dois computadores - um em Santa Barbara e outro na Universidade de Utah - foram adicionados à rede logo após, e computadores adicionais foram adicionados à rede, em rápida sucessão, entre 1970 e 1972.
Estes computadores conectados compunham a ARPANET original, que acabaria por se tornar a Internet de hoje. [Livescience]