Usar maconha durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê, ao interferir com a forma como as células do cérebro estão ligadas, sugere um novo estudo em ratos e tecidos humanos.
Os pesquisadores estudaram os efeitos da maconha em ratos e no tecido cerebral de fetos humanos, tendo descoberto que o ingrediente ativo da maconha, o THC, interfere com a formação de conexões entre as células nervosas no córtex cerebral.
Essa é a parte do cérebro responsável pelas habilidades de pensamento mais elevados e pela formação de memórias.
"O nosso conselho é que as grávidas devem evitar maconha", disse o neurocientista Tibor Harkany, do Instituto Karolinska, na Suécia , e da Universidade Médica de Viena, na Áustria, que liderou o estudo detalhado hoje (27 de janeiro) no Jornal EMBO.
Harkany acrescentou que os efeitos da exposição pré-natal à maconha poderiam mesmo durar até à idade adulta. A droga pode ter efeitos diretos, ou pode sensibilizar o cérebro à exposição à droga futura ou a doenças neuropsiquiátricas.
Estudos anteriores descobriram que a exposição à maconha durante a gravidez pode aumentar o risco de uma criança ter défices cognitivos ou transtornos psiquiátricos.
Embora não seja exatamente claro como a maconha pode afetar o cérebro do feto a um nível molecular, parece que o cérebro pode ser particularmente sensível ao THC durante o desenvolvimento precoce, quando os neurónios estão a formar conexões críticas.
Qualquer droga que interfira com esse desenvolvimento pode ser prejudicial à criança, disse Harkany. No estudo, Harkany e seus colegas testaram os efeitos da maconha de três formas: cresceram células cerebrais de ratos na presença de THC, injetaram THC em ratos grávidas e estudaram os cérebros de fetos humanos abortados cujas mães haviam usado maconha durante a gravidez.
Os investigadores identificaram uma proteína específica em células nervosas, chamada gânglio cervical superior 10 (SCG10), que é essencial para a ligação normal do cérebro. Eles encontraram níveis mais baixos dessa proteína nos cérebros de ambos os fetos humanos e de ratos expostos ao THC em comparação com os indivíduos que não foram expostas ao THC.
Tal facto sugere que a exposição à maconha tem um efeito específico sobre o cérebro em desenvolvimento. Um número crescente de mulheres em idade fértil está a usar maconha, e este grupo deve estar ciente do potencial impacto sobre o desenvolvimento do cérebro do seu filho.
Harkany acrescentou que as mulheres grávidas devem evitar o uso de uso de maconha para fins médicos. Anteriores estudos de longo prazo têm demonstrado que crianças expostas à maconha no útero podem ter um risco aumentado de apresentar efeitos cognitivos, dirigido à busca de drogas, ou de ter transtorno de défice de atenção, ansiedade ou depressão, de acordo com o estudo.
Harkany e seus colegas não estudaram os efeitos do uso de maconha antes da gravidez, mas disseram que a droga é eliminada do organismo num período de dias, e não meses, e usá-la antes da concepção é mais susceptível de afectar a probabilidade de engravidar. [Livescience]
Não vai demorar muito que vai aparecer um maconheiro seboso dizendo que isso não procede........
ResponderExcluirNão sou a favor da legalização, já temos tantas drogas legalizadas que não precisamos de mais uma,
se liberar o que vem depois, a liberação da heroína.
Preocupo pq hj muitos fazem uso da maconha esta cada vez mais comum, tenho amigas que fizeram uso e usam, e percebo que seus filhos são mais ativos eletricos...não sei se isso ja seria um sinal, mas eu me preocupo, sou bipolar e sou usuaria de THC, não tenho filhos.
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