Estranhas estrelas são ejetadas da Via Láctea a hipervelocidade

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Estranhas estrelas são ejetadas da Via Láctea a hipervelocidade
Uma nova classe de estrelas hipervelozes estão a caminhar para fora da Via Láctea, dizem cientistas.

Sendo diferentes da maioria das restantes estrelas hipervelozes conhecidas, as 20 estrelas do tamanho do nosso Sol não estão a sair depois de interagirem com o buraco negro no centro da galáxia.

O buraco negro é um corpo maciço, cuja influência gravitacional normalmente fornece o pontapé necessário para as estrelas escaparem da galáxia, mas de acordo com o novo estudo, tal não é o caso com as novas estrelas hipervelozes.

"Essas novas estrelas hipervelozes são muito diferentes das que foram descobertas anteriormente", afirma a autora principal do estudo, Lauren Palladino, da Universidade de Vanderbilt.

"As estrelas hipervelozes originais são grandes, azuis e parecem ter-se originado a partir do centro da galáxia", acrescentou Palladino. "As nossas novas estrelas são relativamente pequenas - do tamanho do sol - e a parte surpreendente é que nenhuma delas parece ter vindo do núcleo galáctico".

Palladino descobriu 20 potenciais estrelas hipervelozes ao usar um censo estelar massivo, o Sloan Digital Sky Survey, para mapear o caminho de estrelas como o sol na Via Láctea. Deixar a galáxia implica uma quantidade fenomenal de energia. As estrelas devem atingir velocidades de 1,6 milhões km/h).

Estranhas estrelas são ejetadas da Via Láctea a hipervelocidade


A maioria das estrelas hipervelozes faziam parte de um par binário que chegou muito perto do buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Enquanto uma estrela espiralou para dentro, em direção ao buraco negro, a outra foi arremessada para fora, rápido o suficiente para deixar a galáxia.

Os cientistas descobriram 18 estrelas azuis gigantes no seu caminho para fora que poderiam ter seguido tal rota. A equipa de cientistas apresentou a sua recém-descoberta classe de estrelas na reunião da American Astronomical Society, em Washington, no início deste mês. 

Os resultados foram publicados na edição de 1 de janeiro do The Astrophysical Journal. Estrelas ejectadas pelo buraco negro têm uma composição diferente das estrelas recentemente descobertas. 

As 20 novas estrelas têm a mesma composição das estrelas de disco normais, sendo que os astrónomos não consideram que essas estrelas recém-descobertas tenham vindo do núcleo, do halo da galáxia ou de algum outro lugar exótico.

Cálculos precisos requerem medições realizadas ao longo de décadas, por isso, algumas das estrelas não podem realmente viajar tão rápido quanto parecem, disse Palladrino. Para minimizar os erros, a equipe realizou diversos testes estatísticos. Ainda assim, o que possa ter fornecido o pontapé necessária para a fuga da galáxia ainda é um mistério. [Space]
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