Um implante cibernético que repara danos cerebrais

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Um implante cibernético que repara danos cerebrais
Pode haver uma resposta para as pessoas que sofrem de lesões cerebrais traumáticas. 

É um dispositivo chamado de cérebro-máquina-cérebro-interface, e tem o potencial de revolucionar a forma como dano cerebral é tratado em seres humanos.

Atualmente, não há nenhuma maneira eficaz para se tratar os danos e melhorar a função depois de alguém sofrer um traumatismo crânio-encefálico (TCE). 

Mas agora, uma equipa de neurocientistas da Case Western Reserve University e da University of Kansas Medical Center desenvolveram uma solução que parece funcionar em ratos. É uma prótese implantável que serve como um sistema de micro-electrónica de circuito fechado. 

O dispositivo funciona por gravar sinais de uma parte do cérebro, processando-os em tempo real, e em seguida, ligando a lesão por estimulação de uma segunda parte do cérebro que perdeu a conectividade. 

Essencialmente, os trabalhos protéticos tentam colmatar as lacunas causadas por lesões cerebrais, que por sua vez facilita o reparo. Para a experiência, os investigadores simularam um TCE em ratos através do corte da ligação de comunicações entre as áreas motoras e sensoriais requeridas para os movimentos dos membros. 

Após realizar este procedimento, os ratos eram capazes de usar as suas patas dianteiras e agarrar comida. Para consertar o TCE, o cérebro-máquina-cérebro-interface - um microchip numa placa de circuito menor do que uma moeda - foi ligado a microeletrodos implantados em duas regiões, nas partes anteriores e posteriores do cérebro dos ratos. 

O potencial de ação neural foi amplificado e processado ​​por um algoritmo, que foi registados como atividade cerebral. Em cada pico cerebral detectado, o microchip enviava um pulso de corrente eléctrica para estimular os neurónios no cérebro, artificialmente re-ligando as duas regiões do cérebro.

Os pesquisadores deixaram o dispositivo em funcionamento continuo durante duas semanas, sendo que os ratos recuperaram quase todas as funções perdidas devido à lesão. Em testes posteriores, os ratos foram capazes de recuperar alimentos em cerca de 70% do tempo, sendo quase tão bom como os ratos sem lesão. 

Os ratos que receberam estímulos cerebrais aleatórios do dispositivo tiveram 50% de sucesso (o que é interessante por si só), enquanto que aqueles que não receberam nenhum tratamento recuperaram cerca de 25%.

A próxima pergunta os pesquisadores esperam responder é se o implante precisa de ser deixado no local durante toda a vida para manter os resultados surpreendentes. Espera-se que, em futuras aplicações no corpo humano, o dispositivo possa ser removido após terem sido restauradas conexões cerebrais suficientes. [io9]
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