ADN humano antigo revela ramo misterioso da humanidade

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ADN humano antigo revela ramo misterioso da humanidade
O ADN humano mais antigo que se conhece revela que a evolução humana foi ainda mais confusa do que se pensava, sugerem os pesquisadores.

O ADN, que remonta há cerca de 400 mil anos, pode pertencer a um ancestral humano desconhecido. 

Essas novas descobertas podem lançar luz sobre um ramo extinto e misterioso da humanidade conhecido como Denisovans, que eram parentes próximos dos neandertais.

Embora os seres humanos modernos sejam a única linhagem humana sobrevivente, outras já caminharam pela Terra, incluindo os Neandertais, os parentes extintos mais próximos dos humanos modernos, e os Denisovans, que se acredita terem vivido numa vasta extensão da Sibéria até ao Sudeste Asiático. 

A pesquisa mostra que os Denisovans partilhavam uma origem comum com os neandertais, mas eram geneticamente distintos – ambos sendo aparentemente descendentes de um grupo ancestral comum que tinha divergido antes dos precursores dos humanos modernos.

A análise genética sugere que os ancestrais dos humanos modernos cruzaram-se com ambas as linhagens extintas. De facto, o ADN neandertal representa entre 1 e 4% dos genomas eurasianos modernos e o ADN Denisovan representa entre 4 a 6% dos genomas modernos da Nova Guiné e das ilhas da Melanésia.

Para descobrir mais sobre as origens humanas, os pesquisadores investigaram um fémur humano descoberto na “Pit of Bones”, uma caverna subterrânea nas montanhas de Atapuerca, no norte da Espanha. O osso tem aparentemente 400.000 anos de idade.

“Este é o mais antigo material genético humano que foi sequenciado até agora”, disse o principal autor do estudo Matthias Meyer, biólogo molecular do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig, na Alemanha.

A caverna fica a cerca de 30 metros abaixo da superfície. Os arqueólogos sugerem que os ossos podem ter sido levados para baixo pela chuva ou foram intencionalmente enterrados no local. A caverna mostrou fósseis de pelo menos 28 pessoas, sendo a maior coleção de fósseis humanos que data do Pleistoceno Médio, há entre cerca de 125 mil e 780 mil anos.

Os pesquisadores reconstruíram um genoma quase completo das mitocôndrias destes fósseis, que se assemelhavam aos de neandertais, e por isso os pesquisadores esperavam que este ADN mitocondrial fosse Neandertal.

Surpreendentemente, o ADN mitocondrial revelou que este fóssil partilhava um ancestral comum não com os Neandertais, mas sim com os Denisovans. Tal facto é estranho, uma vez que todas as evidências apontam para que os Denisovans vivessem no leste da Ásia e não na Europa ocidental, onde o fóssil foi descoberto. 

Os únicos fósseis Denisovan conhecidos até agora são apenas um osso do dedo e um molar encontrados na Sibéria. “Isso abre novas possibilidades relativamente à nossa compreensão da evolução dos humanos modernos”, disse Meyer.

Os cientistas agora esperam aprender mais sobre esses fósseis recuperando o ADN dos seus núcleos celulares, e não das suas mitocôndrias. No entanto, este será um grande desafio técnico. Enquanto isso, eles estão a elaborar diversas hipóteses para explicar o achado. 

Os cientistas detalharam as suas descobertas na edição de 5 de dezembro da revista Nature. LiveScience]

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2Comentários
  1. Filho das estrelas17/12/2013, 18:29

    De acordo com a'teoria do astronauta antigo,o homem moderno foi criado pelo geneticista Enki,quando este cruzou o dna de uma espécie hominídia preexistente,com seu próprio código genético,há 420.000 anos atras. Me parece que este achado ajuda a corroborar este fato.

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  2. desculpe, o tal ADN eh igual a DNA que TODOS conhecem melhor??

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