Astrónomos descobrem a estrutura mais maciça do Universo

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Astrónomos descobrem a estrutura mais maciça do Universo
Astrónomos descobriram uma gigantesca estrutura numa parte remota do Universo - uma extensão do espaço que é tão grande que leva 10 mil milhões de anos para a luz a atravessar.

A descoberta representa um dilema para um princípio fundamental da cosmologia moderna, que postula que a matéria deve parecer ser distribuída uniformemente se vista a uma escala grande o suficiente.

A estrutura recém-descoberto tem mais do dobro do tamanho do recordista anterior, um grupo de 73 quasares conhecidos como Huge-LQG, ou BIF, ou o Grande Grupo Quasar, que se estende por quatro mil milhões de anos-luz. 

Os cientistas descobriram a nova estrutura mapeando os locais das explosões de raios gama. Essas explosões fugazes, mas de alta energia são pensadas serem causadas pela explosão de estrelas massivas.

"É um grande marcador de onde algo estava" afirma o astrónomo Jon Häkkilä, do College of Charleston na Carolina do Sul, em entrevista ao Discovery News. 

Porque estrelas maiores formam-se em áreas com mais material em geral, explosões de raios gama podem dar aos astrónomos uma estimativa aproximada de quanta matéria uma determinada região contém.

Após a contabilização de potenciais vieses de pesquisa - como o telescópio Swift da NASA e outros trackers de raios gama que procuram com mais frequência numa parte do céu ou noutra - os cientistas encontraram uma região de cerca de 10 mil milhões de anos-luz.

Essa região situa-se na direção da constelação de Hércules e Corona Borealis, tendo apresentado um número desproporcional de explosões de raios gama. Extrapolando os locais das explosões, os cientistas estimam que a estrutura de onde vieram se estende por cerca de 10 mil milhões de anos-luz de diâmetro.

"Esta é, provavelmente, uma grande concentração de aglomerados de galáxias e outras matérias normais", afirma Istvan Horvath, co-investigador da Universidade Nacional de Serviço Público, em Budapeste, na Hungria.

A monitorização adicional de explosões de raios gama deve fornecer mais evidências da existência da estrutura. Por enquanto, Horvath disse que "não tem ideia" de como algo tão grande poderia ter evoluído. A pesquisa aparece na arXiv.org [Discovery News]
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