Um novo tipo de toxina botulínica, a substância mais mortal conhecida pelo homem, foi descoberta por cientistas americanos nas fezes de uma criança.
No entanto, tal descoberta permaneceu em segredo. De facto, os pesquisadores mantiveram o seu código genético em segredo, para evitar o seu uso como arma biológica, uma vez ainda não existia antídoto disponível.
A descoberta, feita por Stephen Arnon no Departamento de Saúde Pública da Califórnia, foi divulgada pela New Scientist.
A toxina, causadora do botulismo, costuma ser tratada com anticorpos, mas ainda não há nenhuma forma eficaz para tratar essa variação, batizada de tipo H, a oitava registrada.
Uma dose inalada de 13 bilionésimos de grama da proteína botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é capaz de matar um adulto.
Apesar de sua toxicidade fatal, a substância requer interferência humana para se transformar em ameaça. Por esse motivo, o estudo foi publicado parcialmente e o código genético continua ainda hoje em segredo.
O medo de especialistas em biosegurança é que a substância possa ser utilizada como arma biológica. De facto, uma dose muito pequena inserida num centro de distribuição de leite, por exemplo, poderia colocar em risco a vida de centenas de milhares de pessoas.