Um mundo gigante a orbitar uma estrela foi descoberto por astrónomos através da utilização de uma peculiaridade da relatividade geral de Einstein.
O fenómeno chamado de “microlente” permitiu aos astrónomos testar uma nova técnica para detectar o mundo alienígena localizado a mais de 25 mil anos-luz de distância – no bojo galáctico central da Via Láctea.
De forma específica, a microlente acontece quando uma estrela passa na frente de outra estrela mais distante. Quando isso acontece, o seu campo gravitacional flexiona o espaço-tempo circundante, desviando a luz da estrela mais distante.
Como a lente de uma lupa, a luz da estrela é ampliada e os observatórios da Terra são capazes de detectar um brilho passageiro. Dessa forma, várias informações sobre a estrela e os seus possíveis planetas podem ser deduzidas.
Assim, a microlente torna-se uma ferramenta útil na busca de exoplanetas que orbitam estrelas distantes, como comprova o estudo submetido para publicação na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society [MOA-2011-BLG-322 – a “second generation survey” microlensing planet].
Tal técnica contrasta muito com as duas técnicas principais de detecção de exoplanetas – a técnica do “trânsito” (o escurecimento da luz das estrelas causada por uma passagem de um planeta na sua frente) e a técnica de “velocidade radial” (a oscilação de uma estrela causada pela gravidade de um exoplaneta em órbita).
O exoplaneta detectado é 8 vezes mais massivo que Júpiter e orbita uma pequena estrela do tipo-M, que tem cerca de um terço da massa do nosso Sol. O exoplaneta tem uma distância orbital de cerca de 4 unidades astronómicas (UA), ou quatro vezes a distância da Terra ao Sol. [Discovery News]