Reiki é uma terapia em que um praticante coloca as mãos levemente no, ou sobre, o corpo do paciente para tratar ou curar várias doenças.
É uma forma controversa de medicina alternativa, por vários motivos. Por exemplo, nunca foi comprovado o seu valor terapêutico além do relaxamento e é baseado nos conceitos cientificamente descartados de vitalismo e energia universal de cura.
De igual forma, não tem explicação através de leis conhecidas da física, e está em grande parte divorciada das suas origens espirituais no Japão em 1920, constituindo maioritariamente uma prática comercial ocidental.
Como tal, ao contrário de acupuntura, que tem sido comprovado o seu valor terapêutico para certas condições médicas, o Reiki permanece na orla do movimento de medicina complementar e alternativa. [O que é Acupunctura?].
A terapia Reiki raramente é coberto pelos seguros de saúde, é altamente desaconselhado por algumas associações médicas como constituindo um desperdício de tempo e dinheiro, e também é mal visto pela Igreja Católica por causa do seu conceito fundamental de que a energia de cura - o ki em Reiki - é uma entidade espiritual e inteligente.
Por outro lado, a maioria dos praticantes de Reiki, no entanto, realmente acredita nos seus poderes de cura. O Reiki é esteticamente semelhante ao toque terapêutico, uma outra prática médica alternativa que envolve a "imposição das mãos", também sem sustentação científica de eficácia.
Em termos históricos, o Reiki combina a palavra - caracteres japoneses e chineses de "rei" (espiritual ou sobrenatural) e "ki" (energia vital). Este último é o mesmo ki ou qi em qigong e outras práticas orientais. [O que é o Qigong?]
A sua fundação é o conceito - conhecido na medicina ocidental durante a Idade Média e ainda visto hoje na medicina oriental - de que a doença é causada por desequilíbrios da energia vital ou de líquidos no corpo e que se pode corrigir o desequilíbrio - através da acupuntura, qigong, Reiki , etc.
As origens do Reiki são dúbias, mas a terapia remonta aos ensinamentos de um monge budista japonês chamado Mikao Usui. Diz a lenda que Usui, após várias semanas de jejum e oração, enquanto estudava os textos tântricos budistas em 1922, teve uma revelação espiritual - a de Reiki.
Em suma, Usui disse ter "redescoberto" conceitos antigos de que há uma energia espiritual inesgotável no universo que pode ser aproveitada para a cura. Através de um processo chamado de iniciações, um mestre de Reiki (Usui foi o primeiro) pode ensinar os outros a dominar este poder de cura.
A energia flui através das mãos do mestre para o paciente, e a energia é inteligente, capaz de diagnosticar e corrigir o problema do paciente . Hoje, iniciações estão disponíveis a qualquer pessoa através da formação de fim de semana.
Tal como acontece com muitas formas de medicina tradicional chinesa, o Reiki tem um intrincado conjunto de conceitos e princípios que, devido à sua complexidade, pode ser interpretado como algo que é de fato comprovado, similar à descrição de transcrição do ADN num livro de medicina.
Esses princípios, no entanto, são os próprios com base em crenças antigas de espiritualidade que não podem ser comprovados, ou refutados, pela ciência. Depois da morte de Usui, em 1926, devido a acidente vascular cerebral aos 60 anos, os seus discípulos dividiram-se.
O Reiki manteve um perfil muito baixo no Japão e, hoje, é em grande parte desconhecido para a maioria dos japoneses. O Reiki no Japão, muitas vezes é integrado noutras formas de práticas orientais tradicionais.
O Reiki e a prática semelhante de toque terapêutico não tem prova de eficácia para além do efeito placebo. O Reiki é considerado seguro, porque, na maior parte, o praticante mal toca no paciente. O Reiki também é considerado uma prática pacífica, muitas vezes completa com música New Age e, portanto, pode ser tão terapêutico como outras formas de relaxamento.
O Reiki parece funcionar melhor em condições que são, em grande parte, mentais, como stress e ansiedade. Alguns médicos oncológicos permitem que os seus pacientes recebam a terapia Reiki para aliviar o stress, semelhante à massagem, desde que os pacientes continuem os seus tratamentos para o cancro.
O Reiki reconhecidamente sofre de uma carência de estudos de alta qualidade. Poucos mestres de Reiki têm qualquer formação em ciências e têm pouco conhecimento de como realizar estudos ou até mesmo a necessidade de realização de estudos.
Além disso, muitas fontes de financiamento da investigação consideram os conceitos de Reiki tão ridículos - como o facto das doenças poderem ser curadas colocando as mãos sobre o paciente - que eles estão relutantes em financiar (e assim justificar) a investigação Reiki ou de outras formas de medicina alternativa.
Entre os maiores estudos de Reiki está uma revisão sistemática de todas as pesquisas publicadas de Reiki, que apareceu no International Journal of Clinical Practices, em 2008. Os pesquisadores concluíram que a maioria dos estudos de Reiki "sofreu falhas metodológicas, como o tamanho pequeno das amostras, desenho do estudo inadequado e má comunicação" e "as evidências são insuficientes para sugerir que o Reiki é um tratamento eficaz para qualquer condição".
