Lua perdida de Neptuno encontrada após 20 anos

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Lua perdida de Neptuno encontrada após 20 anos


Uma pequena e misteriosa lua na órbita de Neptuno foi avistada pela primeira vez há mais de 20 anos. Ao analisar fotos registadas pelo telescópio espacial Hubble, cientistas do Instituto SETI, em Mountain View, na Califórnia, avistaram Náiade. 

A lua de 100 quilómetros de diâmetro permaneceu invisível desde que as câmeras da sonda Voyager 2, da NASA, a descobriram em 1989. 

Cientistas recentemente rastrearam Náiade através de uma série de oito imagens captadas pelo Hubble, em dezembro de 2004, que usou uma técnica diferente para ajudar a neutralizar o brilho de Neptuno. 

Neptuno é cerca de 2 milhões de vezes mais brilhante do que Náiade, por isso ela acaba por se tornar muito difícil de ser vista a partir da Terra.

“Náiade tornou-se um alvo elusivo desde que a Voyager deixou o sistema de Neptuno”, disse o cientista Mark Showalter, do SETI. Showalter anunciou as novas descobertas hoje (8 de outubro), durante uma sessão na reunião anual da Sociedade Astronómica Americana de Ciências Planetárias, realizada em Denver, EUA.

Agora que os cientistas “descobriram” a pequena lua novamente, há outros mistérios a serem resolvidos. Náiade parece ter-se afastado da sua órbita: As novas observações mostram que a lua está agora à frente do seu caminho previsto na órbita em torno de Neptuno.

Os cientistas acreditam que a nova trajetória esteja relacionada com a interação de Náiade com uma das outras luas de Neptuno, o que teria acelerado a sua órbita. A causa exata, no entanto, não será conhecida até que os pesquisadores coletem mais dados.

As imagens capturadas também revelam algo sobre os arcos de anel ao redor Neptuno. A Voyager observou quatro arcos durante o seu sobrevoo no sistema, mas as imagens recém-processadas ​​mostram que os dois arcos principais estão ausentes. Os cientistas não têm certeza do que provocou essa mudança.

“É sempre emocionante encontrar novos resultados em dados antigos”, disse Showalter ao Space.com. “Nós continuamos a descobrir novas informações a partir da vasta coleção de imagens planetárias do bom e velho Hubble”.
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