Bactéria E.Coli pode ser usada para produzir gasolina

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Bactéria E.Coli pode ser usada para produzir gasolina


Quem já teve problemas de ordem gastro-intestinal sabe bem o que é a bactéria E.Coli. 

Normalmente responsável pela degradação de alimentos, este micro-organismo acabou de ganhar uma nova e inesperada utilidade: cientistas conseguiram fazer com que a E.Coli servisse para produzir gasolina!

Apesar de ser um dos recursos mais valiosos do nosso planeta, e sustento de economias inteiras (e até estando na génese de muitas guerras) a gasolina é, do ponto de vista químico, algo bastante simples. 

Trata-se “apenas” de uma cadeia curta de hidrocarbonos e uns quantos aditivos. Tal como o gasóleo, a gasolina é obtida através da refinação do petróleo, mas ao contrário deste, a ciência ainda não conseguiu reproduzir de forma sintética as cadeias de hidrocarbonos necessárias à sua produção.

E é neste processo que entra a bactéria E.Coli, uma vez que cientistas Sul-Coreanos conseguiram a utilizá-la no processo de produção de gasolina, através de procedimentos de engenharia biológica. Isto é possível graças à produção de derivados ácidos que são quimicamente mais curtos que o normal, permitindo a biosíntese de cadeias curtas de hidrocarbonos.

Por outras palavras, a E.Coli permite produzir gasolina. Mas o “milagre” E.Coli não se fica por aqui, uma vez que a bactéria também permitiu, ao serem adicionadas outras enzimas ao processo, criar substâncias que poderão ser utilizadas em áreas tão distintas como óleos vegetais, detergentes ou cosméticos.

Para já todo este processo ainda está numa fase embrionária e não está maduro o suficiente para ser disponibilizado para uso generalizado. Mas a verdade é que ficou provado que é possível, sendo que as futuras investigações irão investir na melhoria da produtividade e fiabilidade de todo o sistema.

Com isto pretende-se chegar mais perto de solucionar um dos maiores problemas actuais: o facto das reservas de petróleo serem finitas e estarem a acabar muito rapidamente, levando os cientistas a terem que procurar alternativas fiáveis aos combustíveis fósseis.

Fonte: Ironia d'Estado

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