De OVNIs ao controle mental: 7 projetos secretos da CIA

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De OVNIs ao controle mental: 7 projetos secretos da CIA


Segredos militares e de estado podem variar desde aterrorizantes até divertidos, passando pelos completamente absurdos, mas a maioria não deixa de ser intrigante. 

Desde um projeto secreto da Força Aérea dos EUA para construir um disco voador supersónico até um programa de pesquisa agora famoso da Segunda Guerra Mundial, que visou produzir as primeiras bombas atómicas, conheça aqui sete segredos militares da CIA.

Projeto 1794

No final de 2012, a Força Aérea dos EUA revelou um tesouro de documentos, incluindo registros de um programa secreto para construir uma aeronave semelhante a um disco voador, cujo objetivo era abater bombardeiros soviéticos. 

O ambicioso programa, chamado Projeto 1794, foi iniciado na década de 1950, e uma equipe de engenheiros foi encarregada de construir um veículo em forma de disco capaz de viajar a velocidades supersônicas em altas altitudes.

Projeto 1794


Os documentos revelaram planos para que o avião chegasse a uma velocidade máxima de Mach 4 (quatro vezes a velocidade do som), e voar em uma altitude de mais de 30 mil metros. O custo do projeto foi estimado em mais de US$ 3 milhões na época, o equivalente a US$ 26 milhões nos valores atuais.

O Projeto 1794 foi cancelado em dezembro de 1961 após testes sugerirem que o disco voador era aerodinamicamente instável e seria praticamente incontrolável em altas velocidades.

Projeto Iceworm

Projeto Iceworm


Na década de 1960, o Exército dos EUA embarcou em uma missão secreta para construir uma série de locais de lançamento de mísseis nucleares móveis sob a camada de gelo da Groenlândia, visando atacar alvos na União Soviética.

O programa recebeu o codinome Projeto Iceworm, mas para testar a sua viabilidade, o Exército lançou um projeto de pesquisa cover chamado “Camp Century”, em 1960. Sob esse disfarce, os engenheiros construíram uma rede de edifícios subterrâneos e túneis, incluindo alojamentos, uma cozinha, uma sala de recreação, enfermaria, laboratórios, salas de abastecimento, um centro de comunicações e uma usina de energia nuclear.

A base, que foi mantida em segredo do governo dinamarquês, operou por sete anos. O programa foi cancelado em 1966 após as condições do  gelo ficarem instáveis. Hoje, os restos esmagados do Projeto Iceworm estão enterrados debaixo da neve do Ártico.

Projeto MK-ULTRA



Durante a Guerra Fria, a CIA (agência de inteligência dos EUA) iniciou o Projeto MK-ULTRA, um programa secreto e ilegal para realizar pesquisas em seres humanos visando investigar potenciais sistemas de controle mental. 

Operadores do programa examinaram os efeitos da hipnose, agentes biológicos e drogas, como o LSD e barbitúricos, em seres humanos. Alguns historiadores sugerem que o programa foi concebido para desenvolver um sistema de controle mental que poderia ser usado para “programar” o cérebro de potenciais assassinos.

Em 1973, o então diretor da CIA Richard Helms ordenou que todos os documentos do Projeto MK-ULTRA fossem destruídos, mas uma investigação formal sobre o programa foi lançada alguns anos depois. O projeto tornou-se base de vários filmes, como “Sob o Domínio do Mal” e “Os Homens que Encaravam Cabras”.

Area 51

Area 51


Quase nenhuma outra base tem atraído tanta atenção dos teóricos da conspiração e ufólogos como a Área 51, uma área remota no deserto perto de Groom Lake, em Nevada, a cerca de 134 km a noroeste de Las Vegas. 

O segredo intenso em torno da base despertou a imaginação das pessoas, e a Area 51 era comumente ligada à atividades paranormais, incluindo teorias difundidas que sugeriam que a Área 51 escondia aliens e OVNIs.

Em julho de 2013, documentos liberados pela CIA reconheceram a existência da Área 51, e confirmou que a base ultra-secreta é utilizada para testar uma variedade de aviões de espionagem, incluindo as conhecidas aeronaves U-2.

No entanto,  as pesquisas e atividades realizadas na Área 51 são alguns dos segredos mais bem guardados do país.

Projeto Grudge

Projeto Grudge


Enquanto a Área 51 não era uma base ultra-secreta projetada para estudar (oficialmente) os extraterrestres, a Força Aérea dos EUA lançou em 1949 o Projeto Grudge, visando estudar objetos voadores não identificados.

Os críticos do Projeto Grudge dizem que o programa apenas se propôs a desmascarar relatos de OVNIs, e poucas pesquisas foram realizadas. Em seu livro sobre o tema, Edward J. Ruppelt, capitão da Força Aérea e diretor do Projeto Grudge, escreveu: “Tudo estava sendo avaliado na premissa de que os OVNIs não poderiam existir, não importa o que vemos ou ouvimos, não acreditamos nisso.”

Operação Paperclip

Operação Paperclip


Em setembro de 1946, o presidente norte-americano Harry Truman autorizou um programa chamado Operação Paperclip, que visava atrair cientistas da Alemanha nazista para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. Funcionários do Escritório de Serviços Estratégicos (o antecessor da CIA) recrutaram cientistas alemães para a América para ajudar os esforços do pós-guerra do país, o que também garantiu um conhecimento científico valioso que não cairia nas mãos da União Soviética.

O mais famoso recruta da Operação Paperclip foi o cientista de foguetes Wernher von Braun, que iria propor as missões lunares Apollo, da NASA.

Projeto Manhattan

Projeto Manhattan


Um dos programas de investigações secretas mais conhecidos é o Projeto Manhattan, que eventualmente produziu as primeiras bombas atômicas do mundo. O projeto começou em 1939 e operou até o término da Segunda Guerra Mundial. Durante o programa, físicos investigaram o poder potencial de armas atômicas.

A primeira bomba nuclear foi detonada no dia 16 de julho de 1945, na Base Aérea de Alamogordo, a 193 km ao sul de Albuquerque, EUA. A explosão criou uma nuvem de cogumelo que se estendia por 12.200 m. O poder explosivo da bomba era equivalente a mais de 15 mil toneladas de TNT.

Um mês após o teste, duas bombas atômicas foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, nos estágios finais da Segunda Guerra Mundial. Até agora, os ataques à Hiroshima e Nagasaki continuam sendo os únicos exemplos de uso de armas nucleares em uma guerra.
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