Mais de um quarto das pessoas ocasionalmente, não dormem o suficiente. Perder o sono tem efeitos negativos sobre a saúde.
Numa revisão de 2010 feita por pesquisadores da Universidade de Rochester, descobriu-se que pessoas que persistentemente têm menos sono, são mais propensas a ter acidentes de trânsito, maiores taxas de dias de trabalho perdidos, serem menos satisfeitas com os seus empregos e mais propensas a ficar facilmente irritadas.
Aqui estão sete fatos estranhos que ajudam a explicar porque razão as pessoas não conseguem adormecer.
7. A insónia pode ser hereditária
Os problemas do sono podem ser hereditários. Num estudo de 2007 publicado na revista Sleep, os pesquisadores descobriram que, dos 953 adultos que disseram dormir bem, tinham sintomas de insónia ou sofriam de insónia, cerca de 35% das pessoas com insónia tinham um histórico familiar da doença. De acordo com um estudo de 2008, os adolescentes com pais que têm insónia têm um risco aumentado para o uso de medicação para dormir, assim como de ter problemas mentais.
Os pesquisadores analisaram cerca de 800 adolescentes e constataram que, em comparação com os adolescentes cujos pais não tinha problemas de insónia, aqueles com pais que sofriam de insónia tinham mais do dobro da propensão para relatar insónia, sonolência diurna, e uso de fármacos. Esses adolescentes também foram mais propensos a desenvolver depressão, ansiedade e, possivelmente, considerar o suicídio.
6. Animais e insetos também podem sofrer de insónia
Outros animais, como insetos, não podem queixar-se exatamente de terem insónia, mas alguns estudos sugerem que os animais sofrem de distúrbios do sono, assim como os humanos. Num estudo, pesquisadores da Washington University School of Medicine, em St. Louis criaram moscas com insónia, que só tinham uma pequena fração do sono das moscas normais, e descobriram que elas se assemelhavam às pessoas com insónia de várias maneiras.
Após gerações de melhoramento genético, os pesquisadores produziram moscas que passavam apenas uma hora por dia a dormir e menos do que 10 por cento das 12 horas de sono que as moscas normais têm. Tais moscas, ao voar perdiam o equilíbrio com mais frequência, aprendiam mais lentamente e ganhavam mais gordura: todos sintomas semelhantes aos que também ocorrem em seres humanos privados de sono.
5. Jet lag social pode ser um empecilho
Se você está a ter dificuldades para acordar na segunda-feira de manhã, você pode ter "jet lag social", um hábito de seguir um horário de sono diferente nos dias de semana comparativamente ao fim de semana. Um estudo recente mostrou que as pessoas com diferentes horários de sono nos dias da semana e fim de semana eram três vezes mais propensos a ter excesso de peso.
Pesquisas anteriores também ligaram o aumento de peso à privação do sono e os horários de sono irregulares. Mesmo uma hora de diferença no tempo de se levantar ou ir para a cama pode afetar o seu sono, afirma Colleen Carney, psicólogo do sono na Universidade Ryerson, no Canadá.
4. Medicamentos para dormir ainda são populares, apesar da sua incapacidade em curar a insónia
A taxa de pílulas para dormir continua a subir, mostram os estudos. Cada vez mais, as pessoas carecem de fármacos para as ajudar a dormir. No entanto, esses medicamentos não conduzem a um sono melhor. De facto, não há nenhuma evidência que comprove que os fármacos para dormir possam curar a insónia, afirma Jack Edinger, especialista em sono do Hospital National Jewish Health, no Colorado, EUA.
Na verdade, apenas a terapia cognitivo-comportamental parece funcionar a esse nível, acrescentou. Num estudo publicado em fevereiro na revista BMJ Open, os pesquisadores descobriram que as pessoas que tomam medicamentos para dormir têm quase cinco vezes mais chances de morrer ao longo do estudo de 2,5 anos, em comparação com aqueles que não tomaram medicamentos para dormir.
3. Hormonas femininas podem desempenhar um papel na insónia
As mulheres são duas vezes mais propensas a ter insónia do que os homens, de acordo com a Fundação Nacional do Sono, nos EUA. Especialistas especulam que o motivo pode ter a ver com as hormonas femininas.
Noites sem dormir e a sonolência diurna têm sido relacionados com as alterações hormonais na vida das mulheres, incluindo a gravidez, menopausa e o ciclo menstrual. De acordo com uma pesquisa, quase 80% das mulheres relataram ter o sono mais perturbado durante a gravidez do que em qualquer outro momento.
Para as mulheres que experimentam a menopausa, quando os níveis hormonais são irregulares, problemas de sono são uma queixa comum. Juntamente com as alterações hormonais, a insónia também tem sido associada a condições como ansiedade, depressão, problemas respiratórios durante o sono e síndrome das pernas inquietas.
2. Em casos raros, as pessoas podem morrer de insónia
Insónia familiar fatal é uma doença genética rara que impede uma pessoa de cair no sono, levando eventualmente à morte. Os peritos identificaram-na como uma doença priónica, causada por uma proteína anormal do desenvolvimento de uma mutação genética, que afeta o funcionamento do cérebro, causando perda de memória, descontrolo sobre os movimentos musculares e alucinações.
Em 1986, os pesquisadores num artigo do New England Journal of Medicine relataram o caso de um homem de 53 anos que sofria de falta de sono dormindo apenas duas ou três horas por noite. Dois meses depois, ele passou a dormir apenas uma hora por noite, e era frequentemente perturbado por sonhos vívidos.
Depois de três a seis meses, o sono normal tornou-se impossível, causando-lhe fadiga severa, tremores do corpo e dificuldade em respirar. Após oito meses, ele caiu num estado de estupor e acabou por morrer. A análise da história da família revelou que duas irmãs do homem e muitos outros parentes também morreram de uma doença similar.
1. A insónia crónica não tratada aumenta o risco de abuso de álcool
Pessoas que bebem álcool para ajudá-los a conseguir dormir podem acabar pro desenvolver um problema com a bebida, sugere a pesquisa. As pessoas usam álcool para auto tratamento mas com o tempo, precisam de mais álcool para ajudá-los a dormir.
De acordo com um estudo de 2001 publicado no American Journal of Psychiatry, os pesquisadores descobriram que os participantes com insónia eram cerca de duas vezes mais propensos a relatar o uso de álcool para dormir, em comparação com aqueles sem insónia.
A tentativa de se auto-medicar para a insónia com álcool, eventualmente, acabará por agravar a insónia, concluíram os autores do estudo. Além disso, as pessoas provavelmente irão persistir com a bebida, mesmo que a insónia piore, porque o comportamento de beber é arraigado de reforço, e as pessoas sentem-se desesperadas para dormir.
Nossa... morrer de insônia? Existe algum fato documentado que realmente tenha acontecido isso? Bem interessante
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