Um estudo realizado em 3.300 estudantes da Universidade de Lisboa revelou que mais de 25% dos jovens considera que fumar haxixe é pouco ou nada prejudicial, escreve o Público, que divulga os resultados de Consumos e Estilos de Vida no Ensino Superior.
Um quarto dos 3.327 estudantes da Universidade de Lisboa inquiridos no âmbito do estudo, afirmou que fumar haxixe ou marijuana de vez em quando é pouco ou nada prejudicial, tendo esta resposta sido dada por 19,7% e 5,4% em causa, afirma o jornal.
De igual forma, 17,1% julga que não há problema em tomar medicamentos sem receita médica, enquanto 15,2% diz que conduzir depois da ingestão de três cervejas não é perigoso. Assim, são poucos os que abordam as consequências negativas do consumo de substâncias psicoactivas e de álcool.
No entanto, 83% dos inquiridos julga que fumar cigarros regularmente e tomar quatro e cinco bebidas alcoólicas quase todos os dias é prejudicial para a saúde. As razões que levam os estudantes a consumir estas sustâncias prendem-se com as sensações de relaxamento, bem-estar, redução da timidez, quebra das inibições sociais e para se esquecerem dos problemas.
Em declarações ao Público, o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (Sicad), João Goulão, salientou que “é preciso baixar esta percepção de pouco ou nenhum prejuízo”.
O dirigente considerou ainda que as campanhas de prevenção “são comprovadamente pouco eficazes”, adiantando que o melhor a fazer é “promover a discussão entre os jovens”.
O estudo avaliou o comportamento de mais de 3.300 universitários, entre os dias 27 de Novembro e 16 de Dezembro de 2012, e deveu-se a uma parceria entre o Sicad, o Conselho Nacional da Juventude e o Observatório Permanente do Instituto de Ciências Sociais.