Ao analisar as vibrações sonoras numa estrela distante semelhante ao Sol, os astrónomos conseguiram calcular exatamente o quão rápida a estrela gira e quanto pesa um planeta gigante nas proximidades.
As estrelas, incluindo o sol, experienciam ondas sonoras que giram no seu interior e causam pequenas variações rítmicas no seu brilho.
Ao estudar essas variações, os cientistas podem entender melhor o interior das estrelas, um campo científico emergente conhecido como Sismologia que é semelhante à sismologia na Terra, o que ajuda os geólogos a produzir insights sobre as entranhas do planeta.
Os cientistas usaram o satélite COROT para analisar a estrela HD 52265, localizada a mais de 90 anos-luz da Terra, na constelação de Monoceros, o Unicórnio. A estrela, que tem uma massa cerca de 1,2 vezes maior do que o Sol e um diâmetro 1,3 vezes maior do que o sol, tem cerca de 2.100 a 2.700 milhões de anos.
Oscilações repetidas no movimentos de HD 52265 sugeriu que a atração gravitacional de um planeta gigante estava a puxar a estrela. A magnitude das oscilações sugeriu que o planeta tinha uma massa de pelo menos 1,09 vezes a de Júpiter - os cientistas não poderiam dar um número mais preciso com base nas oscilações.
As oscilações no brilho que os investigadores investigaram estão ligadas a ondulações na estrela que são, por sua vez, baseadas em parte na sua velocidade de rotação. Os cientistas calcularam que o interior de HD 52265 completa uma rotação a cada 12 dias, o que significa que gira cerca de 2,3 vezes mais rápido do que o sol.
Descobrir a maneira como a estrela HD 52265 gira também fornece pistas sobre como o planeta HD 52265b a influencia, supondo que o equador da estrela está alinhado com o planeta, como é normalmente o caso no sistema solar da Terra.
Quando estes dados são combinados com a informação sobre a amplitude das oscilações que o planeta exerce sobre a estrela, oonsegue-se saber que a massa é cerca de 1,85 vezes a massa de Júpiter.
No futuro, a missão PLATO da Agência Espacial Europeia poderá usar a Sismologia para analisar uma infinidade de estrelas e planetas. Os cientistas detalharam as suas descobertas online a 29 de julho na revista Proceedings.