Uma nova investigação feitos nos EUA vem reforçar uma teoria que tem vindo a ganhar destaque no mundo científico: O cérebro humano está programado para se ligar aos outros tão intensamente que vive as experiências dos outros - como se fossem as suas.
O presente estudo, feito pela Universidade da Virginia, EUA, vai mais longe no que diz respeito às explicações científicas para a empatia, com os resultados a mostrarem que o nosso cérebro não distingue o que se passa realmente connosco do que se passa com alguém que nos é emocionalmente próximo.
Mas, pelo contrário, parecemos ser incapazes de o mesmo nível dessa empatia com desconhecidos. Para chegar a esta conclusão, os investigadores recorreram à utilização de ressonâncias magnéticas ao cérebro de participantes, enquanto estes eram ameaçados com choques elétricos. As ameaças eram feitas a si próprios, a amigos, ou a desconhecidos
Os pesquisadores descobriram que as regiões do cérebro responsáveis pela resposta perante uma ameaça não mostraram praticamente qualquer reação perante uma ameaça a um desconhecido, mas ativavam-se perante uma ameaça a si e reagiam quase da mesma forma quando a ameaça era feita a um amigo.
"A correlação entre o "eu" e um amigo é notavelmente semelhante", afirma James Coan, psicólogo e co-autor do estudo, publicado na edição de agosto da revista científica Social Cognitive and Affective Neuroscience.