10 Exorcismos dos dias modernos

Todos já vimos Linda Blair em O Exorcista, virando a cabeça como um pião, falando em mais línguas estrangeiras do que um poliglota numa conferência das Nações Unidas. 

Mas para alguns, a expulsão de um espírito invisível de um hospedeiro humano não é apenas material de filmes de terror, é a vida real, conheça os 10 mais mediáticos exorcismos dos dias modernos.

10 Kamille Seenauth

Em 2005, Patricia Alvez foi condenada a 10 anos de prisão pelo assassinato de Kamille Seenauth em Georgetown, Guiana. Alvez fez a "Igreja do Espírito", e muitas pessoas, principalmente mulheres, recorriam a ela para exorcismos de estilo africano ou Hindu. Durante estes exorcismos, orações e espancamentos rituais eram usados para expulsar os espíritos invasores. 

No entanto, quando Kamille Senauth veio pedir um exorcismo, Alvez bateu nela com uma barra de ferro até ela morrer devido aos ferimentos. Ela enterrou o corpo para esconder o erro, mas os vizinhos alertaram a polícia depois de verem um pé a saír de um monte de terra no seu quintal.

9 Adolescente Sem nome no Vaticano

O Padre Gabriele Amorth é o exorcista oficial da Diocese de Roma. Ele afirma ter realizado mais de 160 mil exorcismos. Mas nenhum deles foi maior do que o exorcismo que alegadamente ocorreu dentro dos muros do Vaticano no ano de 2000, ajudada por ninguém menos que o Papa João Paulo II. O exorcismo foi realizado numa adolescente de 19 anos de idade, depois de ela começar a insultar e arrotar durante uma audiência com o Papa. 

O Papa supostamente sentou-se com a adolescente durante meia hora. No entanto, de acordo com Amorth (o auto-proclamado "caçador de demónios"), a adolescente permaneceu possuída e o demónio dentro dela ainda teve a cara de pau de murmurar "nem mesmo o cabeça da igreja, me pode mandar embora", enquanto o Papa se afastou, derrotado.

8 Janet Moses

Em 2007, na Nova Zelândia, uma jovem garota chamada Janet Moses morreu por afogamento, enquanto membros da sua própria família derramaram água na sua garganta. Nove pessoas foram acusadas de homicídio culposo. Moses foi morta numa cerimónia de exorcismo Maori chamada "makutu", que correu terrivelmente mal. Depois de não conseguir levantar a maldição com encantamentos ("karakia" na língua Maori) a família recorreu ao jogar água no rosto da menina. A cerimónia durou três dias, durante os quais foi utilizada tanta água que inundou a cozinha. 

Há histórias conflitantes sobre de onde o "espírito maligno" veio. Uma fonte diz que os sintomas da posse materializaram-se logo após o falecimento da sua avó. Outros dizem que um ancião Maori conhecido como "kaumatua" - avisou a família que até o leão de pedra roubado pela irmã de Moises fosse devolvido a um pub, a sua irmã ficaria possessa. Embora o leão tenha sido substituído a jovem continuou a agir estranhamente, o que levou à realização do exorcismo que, tragicamente, levou à morte da jovem.

7 Salvador Dali

Diz a lenda que o famoso artista Salvador Dali passou por um exorcismo realizado pelo seu amigo íntimo Gabriele Maria Berardi. O frade morreu em 1984, e entre os seus pertences havia uma escultura de Cristo na cruz. Antes de morrer, Berardi disse a seus amigos que Dali lhe tinha dado aquela cruz como agradecimento pela realização do exorcismo. Dois especialistas em arte têm creditado Dali com a arte. No entanto, não existem outros registos que comprovem os dois eventos. Supostamente reuniram-se em França na década de 1940 após Berardi ser excomungado da sua ordem religiosa, tendo o suposto exorcismo ocorrido em 1947.

6 Maricia Irina Cornici

Em 2005, Maricia Irina Cornici, de 23 anos, foi acolhida num mosteiro remoto ortodoxo Romeno em Tanacu para visitar o seu irmão. Ela foi rapidamente acolhida, mas depois começou a rir durante a Missa. Eventualmente, os médicos de um hospital psiquiátrico local, diagnosticaram Cornici com esquizofrenia. Mas para o padre do mosteiro devoto, o padre Corogeanu, isso não foi o suficiente: ele e inúmeras freiras no convento alegaram que ela estava possuída, acorrentando-a a uma cruz e amordaçando-a com uma toalha, tudo na esperança da condução Satanás para fora. 

Ela ficou em isolamento durante três dias inteiros no quarto frio do convento até que morreu. Nos dias que se seguiram, uma freira chamou a polícia, e o padre Corogeanu e quatro freiras foram acusadas ​​com prisão que levou à morte. O Padre Corogeanu foi citado como dizendo: "Você não pode tirar o diabo das pessoas com comprimidos". Ele foi condenado a 14 anos de prisão e o mosteiro foi fechado pela Igreja Ortodoxa.

5 Michael Taylor

Michael Taylor, da cidade Inglesa de Ossett, era um membro do grupo cristão local. Em 1974, Taylor começou a se comportar estranhamente para o líder do grupo, Marie Robinson. Ele era agressivo e muitas vezes apresentava raiva sem motivo aparente. À medida que os meses foram passando, Taylor finalmente admitiu que ele sentiu o Diabo dentro dele. Eventualmente, o vigário local interveio e decidiu realizar um exorcismo em Taylor. A sessão durou toda a noite e foi considerada um sucesso, tendo sido removidos um total de 40 demónios de dentro dele.

Infelizmente, a história não termina aí. Taylor já não acreditava que estava possuído, mas ele estava convencido de que a sua mulher de 29 anos estava. Naquela noite, ele brutalmente a assassinou, arrancando-lhe os olhos e a língua. Ele, então, correu para a rua nu e coberto de sangue, gritando: "É o sangue de Satanás". Taylor foi absolvido do assassinato da sua esposa por razões de insanidade, mas condenado a passar dois anos em Broadmoor, um hospital psiquiátrico de alta segurança.

4 Clara Germana Cele

Em 1906, em Umzinto, África do Sul, uma confissão estranha foi ouvida pelo Padre Horner Erasmus. Clara Germana Cele, uma católica e membro da missão Marianhill, disse ao Padre Horner que tinha feito um pacto com o Diabo. Cole tinha vivido na missão desde a idade de quatro anos. O Padre rejeitou as alegações da menina, mas Cole logo começou a comportar-se de forma estranha. 

Ela arrancava as suas roupas, rosnava, conversava com amigos imaginários usando linguagens de que ela nunca tinha conhecido antes, arremessava violentamente freiras em toda a sala, e soltou gritos terríveis que uma freira descreveu como parecendo "um verdadeiro rebanho de animais selvagens orquestrados por Satanás". 

Ela também mordeu uma freira, deixando marcas semelhantes às de uma serpente. O Padre Horner cedeu e realizou um exorcismo. Ele foi bem sucedido na condução do espírito maligno da Cole. O demónio anunciou que iria deixar o corpo de Clara depois da levitação e, bem na hora, Clara levitou e o demónio saiu. O demónio voltou em janeiro de 1907, mas foi expulso mais uma vez, para nunca mais voltar.

3 Robbie Mannheim

O exorcismo de Robbie Mannheim, de 13 anos, foi a inspiração para o clássico filme O Exorcista. O acontecimento real ocorreu em 1949. Robbie estava supostamente possuída depois de utilizar um tabuleiro Ouija durante os meses após a morte da sua tia. Após uma série de acontecimentos inexplicáveis, supostamente sobrenaturais, a família de Robbie pediu ao reverendo Luther Miles Schulze para observar a criança. 

Durante o período de uma noite, Schulze testemunhou a cama da criança a vibrar, viu uma grande poltrona virar ao seu lado, e ouviu sons das paredes do quarto a serem arranhadas. Ele encaminhou o caso ao padre Edward Hughes, que realizou um exorcismo em Robbie. Durante o exorcismo, Robbie puxou uma mola da cama e esfaqueou o padre com ele. Hughes precisou de mais de 100 pontos para curar a ferida. 

Após um período de um pouco de descanso, a menina passou por um segundo exorcismo em St. Louis, que durou seis semanas. De acordo com testemunhas, a cama balançou e objetos foram atirados sobre o quarto. Eventualmente, Robbie saiu ilesa e passou a ter uma vida relativamente normal, casou, teve filhos, e tornou-se avó.

2 Anna Ecklund

O livro Begone Satan pelo autor alemão Reverendo Carl Vogl discute a possessão de Anna Ecklund na virada do século 20. Ecklund nasceu em Iowa em 1882 e foi criada como católica. As campainhas de alarme de possessão começaram a tocar quando Ecklund desenvolveu uma repulsa por objetos sagrados, se recusou a entrar na igreja, e começou a falar sobre todos os atos-sexuais indecentes com a idade de 14 anos. 

Ela foi enviada para ficar com a sua tia Mina, uma mulher suspeita de ser uma bruxa. Muitos acreditavam que a posse da Mina avançou para Ecklund por medicar a sua comida com certas ervas. O Padre Teófilo Riesinger, um monge capuchinho de Wisconsin, administrou o primeiro exorcismo em 1912. No entanto, Ecklund foi possuída novamente em 1928, quase duas décadas depois do primeiro exorcismo.

Novamente, o Padre Teófilo realizou o ritual, usando um convento próximo de propriedade de freiras franciscanas. Ecklund recusou o alimento abençoado oferecido a ela e assobiou como um gato. O exorcismo durou 23 dias, durante o qual a menina era tão forte que teve de ser segurada por seis freiras. Ela também falou sem mover os lábios, urinou "baldes", insultou e provocou as freiras sobre suas vidas pessoais, e previu (incorretamente) que um dos sacerdotes presentes morreria de acidente de carro. O exorcismo foi um sucesso: Na manhã de 23 de Dezembro de 1928, a possessão de Anna Ecklund finalmente passou.

1 Anneliese Michel

Vinda de Klingenberg, Alemanha, Anneliese não foi a típica pessoa jovem. A família de Michel era um obsessiva, altamente dedicada e extremamente rigorosa enquanto família católica. Esta foi a década de 1960, e enquanto muitos dos amigos de Anneliese estavam a beber e a empurrar os limites da sociedade, ela estava dormindo no chão de pedra em penitência e a pagar frio pelos pecados da sua mãe (Anna Michel tinha dado à luz uma filha ilegítima em 1950).

Na idade de 17 anos, Anneliese sofria de convulsões. Embora diagnosticada com epilepsia grande mal, alguns de seus sintomas não podiam ser explicados, como as alucinações auditivas que ela iria experimentar enquanto orava. Essas alucinações disseram que ela era "maldita" e que ela ia "apodrecer no inferno". Em 1973, ela estava sofrendo de depressão grave e, embora ela solicitasse um exorcismo em duas alturas diferentes ao padre local, tal foi duas vezes negado.

As coisas escalaram rapidamente. Anneliese iria realizar 600 genuflecções num dia (dobrar os joelhos até ao solo, tendo resultado na ruptura dos seus ligamentos do joelho). Ela latiu como um cão durante dois dias, comia aranhas, lambeu a sua própria urina, e trincou a cabeça de um pássaro morto. Anneliese estava a mostrar sinais de esquizofrenia, mas ela e sua família recusaram a intervenção médica. 

Em vez disso, em 1975, Anneliese solicitou outro exorcismo e o bispo de Würzburg aceitou o seu pedido. Um padre local sugeriu que Anneliese estava possuída por seis espíritos demoníacos, incluindo Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim, e Adolf Hitler. Ela foi submetida a 67 rituais de exorcismo ao longo de nove meses. Ela acabou por morrer em 1976, devido a fome auto-imposta numa tentativa desesperada de se libertar das garras de Satanás. 

As suas últimas palavras foram: "Mãe, estou com medo". Os pais de Anneliese foram levados a julgamento pelo assassinato da sua filha e, junto com os dois sacerdotes rurais que realizaram o exorcismo, foram considerados culpados de homicídio por negligência. Todos os quatro foram condenados a penas suspensas de seis meses de prisão e três anos de liberdade condicional. 

A sua mãe afirmou no tribunal que não se arrepende dos seus atos e que acreditava que a sua filha teve que ser exorcizada pois tinha "estigmas e que isso era um sinal de Deus". Ela também declarou que Anneliese "morreu para salvar outras almas perdidas, para expiar os seus pecados". O filme O Exorcismo de Emily Rose é vagamente baseado na história de Anneliese.