Para evitar a morte por mais alguns anos, uma dieta vegetariana parece ser superior a uma não-vegetariano, de acordo com os resultados de um estudo de mais de 73 mil pessoas publicado a 3 de junho no Journal of the American Medical Association.
O estudo, o maior do seu tipo, comparou a longevidade das pessoas que comem carne com a de quatro tipos de vegetarianos: vegans, que não comem nenhum produto de origem animal, ovo-lacto-vegetarianos, que consomem laticínios e ovos; pesco-vegetarianos, que comem peixes, mas raramente carne e semi-vegetarianos, que comem carne não mais do que uma vez por semana.
Os vencedores, em termos de longevidade, foram os pesco-vegetarianos, seguidos pelos vegans, e, em seguida, os ovo-lacto-vegetarianos. Os grupos vegetarianos, em média, tinham um risco 12% menor de morrer durante o período de estudo em comparação com que comia carne. Os participantes do estudo eram todos membros da Igreja Adventista do Sétimo dia.
Estudos anteriores demonstraram que dietas vegetarianas estão associadas à diminuição do risco de inúmeras doenças crónicas, tais como diabetes tipo 2, obesidade, síndrome metabólica, doenças circulatórias e hipertensão.
E tem sido conhecido que os Adventistas do Sétimo Dia - com seu estilo de vida saudável, que evita tabaco e defende o exercício e uma dieta baseada em vegetais - vivem mais que a população em geral. Os Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia vivem, em média, quatro a sete anos mais do que outros californianos, revelou um estudo anterior.
Os pesquisadores tiveram dificuldade, no entanto, em discernir entre as associações e ligações de causa-e-efeito. É a ausência de carne, ou a presença de uma atitude consciente de saúde partilhada por muitos vegetarianos, ou ambos, que leva a resultados mais saudáveis?
Este novo estudo é único na medida em que apenas olhou para os adventistas do sétimo dia, um grupo relativamente semelhante no seu estilo de vida. A Igreja Adventista recomenda, mas não obriga, uma dieta baseada em vegetais.
Os pesquisadores, liderados por Michael J. Orlich, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia (a instituição Adventista do Sétimo Dia), analisaram as dietas de 73.308 adventistas do sétimo dia. Entre os participantes, 2.570 morreram no prazo de cerca de seis anos de coleta de dados inicial. Aqueles com maior probabilidade de ter morrido eram os comedores de carne.
