Nanopartículas podem ajudam a combater doenças

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http://www.ciencia-online.net/2013/06/nanoparticulas-podem-ajudam-combater.html


Grandes problemas em medicina podem ter soluções pequenas, dizem os pesquisadores. 

Ao longo da última década, uma revolução na chamada nanomedicina tem estimulado o desenvolvimento de medicamentos destinados a agir como a nossa maquinaria celular, assim como pequenos robôs que podem ajudar os médicos a diagnosticar e tratar doenças.

Uma dessas inovações é um fármaco contra o cancro, que consiste em partículas de 100 nanómetros de comprimento. Isso significa que você poderia colocar mil deles em todo o diâmetro de um cabelo humano.

As partículas são revestidas com moléculas aquosas que lhes permitem viajar para dentro do corpo sem serem detectadas pelo sistema imunológico. As suas superfícies contêm moléculas que lhes proporcionam um "GPS" para procurar células cancerosas anormais.

Uma vez que encontrem uma célula cancerosa, as partículas vão agir como um cavalo de Tróia, as células cancerosas deixam-nas entrar onde elas podem libertar o medicamento que é tóxico para a célula.

Em um estudo publicado no ano passado na revista Science Translational Medicine, pesquisadores mostraram que, nas pessoas, as nanopartículas entregam uma dose muito maior de medicamentos às células cancerosas do que às outras células do corpo. Estudos de acompanhamento vão testar a eficácia do fármaco no tratamento de tumores.

Os cientistas também fizeram nanopartículas capazes de detectar quando o nível de açúcar no sangue do corpo é muito alto, libertando insulina se necessário, uma hormona que permite que o açúcar seja levado pelas células. O tratamento tem sido até agora testadas em ratos. Destina-se a ser utilizado por diabéticos, que agora têm de monitorizar os seus níveis de açúcar no sangue através da punção periódica dos seus dedos, e injectar-se com insulina.

A ideia de máquinas minúsculas dentro dos nossos corpos pode soar a ficção científica, mas na verdade, as nossas próprias células contêm pequenas "máquinas" feitas pela natureza. Os avanços tecnológicos estão a permitir que os pesquisadores conduzam essas máquinas naturais a um novo nível.

"A natureza, pela evolução, criou soluções que são boas o suficiente para sobreviverem. Mas podemos ir além disso", disse Metin Sitti, professor da engenharia mecânica no Instituto de Robótica da Carnegie Mellon University. "Estamos a ir além da natureza, porque não temos as limitações que a natureza tem".

Sitti e colaboradores criaram um robô do tamanho de um dedo, que é concebido para ser engolido por uma pessoa, e tem uma câmara e um diodo emissor de luz para se ver no interior do tracto gastrointestinal. O robô é magnético, e um médico pode controlar o movimento com um íman no exterior do corpo. O robô pode libertar fármacos e fazer a biópsia de pequenos pedaços de tecido para ajudar a diagnosticar uma doença.

Até agora, o robô foi testado em animais. A segurança é primordial em nanomedicina e Sitti teve que mudar o design do seu robô, que originalmente tinha "pernas" para se movimentar, porque as estruturas causavam muito dano tecidual. O robô move-se agora a rolar. Outros pesquisadores estão a tentar desenvolver nanopartículas com materiais biodegradáveis, ou materiais que quebram em substâncias já encontradas no corpo.


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