Fazer puzzles no computador pode melhorar as habilidades de pensamento em mulheres que se submeteram a quimioterapia, sugere um novo estudo de Stanford.
No estudo, os sobreviventes de cancro da mama que sofriam de deficiências cognitivas devido a quimioterapia, às vezes chamado de quimio-cérebro, mostraram o reforço das funções cognitivas após três meses de jogos online. Os jogos atingiram várias habilidades cognitivas, tais como fluência verbal e a memória.
Embora os efeitos colaterais físicos da quimioterapia, como fadiga, náuseas e perda de cabelo sejam bem conhecidos e comuns, muitos pacientes com cancro também sofrem problemas cognitivos que afetam a sua qualidade de vida. As pesquisas mostram que a quimioterapia pode alterar o cérebro, podendo danificar as funções cognitivas.
O estudo incluiu 41 pacientes com cancro da mama que foram aleatoriamente designados para um grupo que praticava no computador quatro vezes por semana, durante três meses, ou para um grupo de controle. Os exercícios incluíam objetos mentalmente rotativos, encontrar palavras, planear rotas e quebra-cabeças.
As mulheres que jogaram os jogos apresentaram melhorias significativamente maiores a encontrar palavras, na rapidez do pensamento e na memória verbal, em comparação com o grupo controle. As mulheres que jogaram os jogos também relataram menos problemas quotidianos na função cognitiva, de acordo com o estudo publicado este mês na revista Clinical Breast Cancer.
Os resultados sugerem que os pacientes com cancro e défices cognitivos podem beneficiar de intervenções comportamentais e não-farmacológicas, como exercícios de treino do cérebro, disseram os pesquisadores.
