O degelo global da Terra atingiu o Monte Everest, o pico mais alto do mundo, disseram hoje (14 de maio) os pesquisadores no Encontro das Américas, em Cancun, no México.
Os glaciares na região do Monte Everest têm diminuído em 13% nos últimos 50 anos e a linha de neve mudou-se para cima por 590 pés (180 metros), disse Sudeep Thakuri, um estudante de pós-graduação na Universidade de Milão (Itália).
Os glaciares na região do Monte Everest têm diminuído em 13% nos últimos 50 anos e a linha de neve mudou-se para cima por 590 pés (180 metros), disse Sudeep Thakuri, um estudante de pós-graduação na Universidade de Milão (Itália).
Localizado nas montanhas do Himalaia, na fronteira entre a China e o Nepal, o topo do Everest fica a 29.029 pés (8.848 mt) acima do nível do mar. Thakuri e seus colegas rastrearam alterações nos glaciares, nomeadamente no que concerne ás temperaturas e precipitação, no Everest e no Sagarmatha National Park circundante.
Lá, os glaciares recuaram, em média 1.300 pés (400 mt), desde 1962. Mais recentemente, a precipitação (neve e chuva) baixou em 3,9 polegadas (100 milímetros) e as temperaturas subiram 1 grau Fahrenheit (0,6 graus Celsius) desde 1992.
Os pesquisadores suspeitam que o derretimento glacial na região do Everest deve-se ao aquecimento global, mas eles ainda não estabeleceram uma conexão firme entre as mudanças das montanhas e as mudanças climáticas, disse Thakuri no comunicado.
Sendo que o Everest não é a única região dos Himalaias a sentir os efeitos da mudança climática, nem todas as geleiras da região estão a derreter. As montanhas Karakoram, na fronteira China-Índia-Paquistão, está-se a segurar firme e pode até estar a crescer.
Mas o encolhimento dos glaciares no resto dos Himalaias têm atraído a atenção mundial de forma significativa, uma vez que os glaciares fornecem água e energia a cerca de 1,5 mil milhões de pessoas.