As doenças alérgicas estão a aumentar de forma constante em todos os países ocidentais e poderão atingir, em 2025, 40 a 50% dos seus habitantes, se a subida continuar ao mesmo nível que atualmente apresenta.
Os números foram avançados pelo presidente da Sociedade Espanhola de Imunologia Clínica e Alergologia Pediátrica (SEICAP), Marcel Íbero, que indicou que atualmente as doenças alérgicas afetam 20 a 30% da população os países ocidentais.
O “ambiente assético” em que vivem as crianças, “sem germes, rodeados de higiene excessiva com tanta esterilização, vacinados contra tudo e sem risco de infeções, faz com que o seu sistema imunológico não ative o mecanismo de defesa”, explicou Íbero, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Os dados referidos aparecem num estudo divulgado recentemente na revista científica Inmunity, onde aparece descrito que a exposição aos germes do meio ambiente por parte das crianças permite “um desenvolvimento normal do sistema imunitário”, que contribui para “evitar alergias” e “proteger de infeções”.
O autor assinalou, no entanto, que o modo de vida ocidental pode contribuir para a existência de mais crianças alérgicas, mas também evita que “tenham difteria, tétano, poliomielite ou meningite” e que “morram de doenças infeciosas”, constituindo assim um assunto de complexa abordagem.
