Os robôs virtuais são o resultado de "evolução" totalmente gerada por computador. Os desenhos foram criados pelo computador, com quase nenhuma intervenção humana, e poderiam um dia resultar em melhores projetos para robôs no mundo real, dizem cientistas.
O programa, construído pelos membros da Machines Creative Lab na Universidade de Cornell, inicia-se com uma variedade de cubos: Alguns são suaves, alguns são rígidos, e alguns expandem e contraem como músculos. A equipe disse ao programa de computador para colocar os cubos juntos de forma muito simples.
"Nós não fazeremos qualquer tipo de projeto", disse Nick Cheney, aluno de doutoramento no laboratório. "Nós não dissemos: 'Você deve ter quatro pernas', ou 'Você deve ter uma marcha simétrica'. Nós apenas dissemos: 'Aqui está um monte de blocos de construção. Comece a partir do zero, e faça alguma coisa".
Os primeiros "robôs" só pareciam cubos. Mas às criaturas foram dadas a capacidade de se reproduzirem e combinar o seu ADN digital com os outros "para criar a prole". Outros realizavam "reprodução assexuada", simplesmente gerando novas versões de si mesmos, com pequenas variações "genéticas".
O algoritmo recompensava os robôs mais rápidos, com mais "filhos". Ao longo de muitas gerações, os robôs evoluiram para uma variedade surpreendente de criaturas, que foram apelidados de acordo com a sua definição de movimento - L-Walker, Incher, Push-Pull, Jitter, Jumper, só para citar alguns.
"Eles podem mover-se de maneiras que você ou eu ou um engenheiro nunca pensariam", disse Cheney. Na verdade, quando a equipa de cientistas pediu para projetar robôs que andam com a mão, nenhum dos cientistas foi capaz de vencer os robôs gerados por computador.
Estes robôs eram totalmente virtuais, mas os seus projetos podem inspirar um dia os robôs do mundo real, disse Cheney. Se a evolução pode criar tantos animais diferentes que se movem sem esforço através do mundo, segundo ele, porque não deveria a evolução no computador inspirar robôs que podem viajar tão bem?
