Obama anuncia megaprojecto norte-americano para mapeamento do cérebro

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http://www.ciencia-online.net/2013/04/obama-anuncia-megaprojecto-norte.html
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem em Washington o arranque de um ambicioso programa de investigação científica em neurociências. 

O projecto, chamado Brain Research Through Advancing Innovative Neurotechnologies – ou simplesmente pelo acrónimo Brain, foi já comparado ao Projecto do Genoma Humano, desenvolvido nos anos de 1990 para sequenciar a totalidade do nosso ADN.

Foi precisamente nesse exemplo que Obama se baseou para justificar a necessidade de financiar o novo projecto. O objectivo da nova iniciativa, prende-se com o propósito de acelerar o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias que permitam aos investigadores produzir imagens dinâmicas do cérebro, mostrando como as células individuais e os sistemas neurais complexos interagem à velocidade do pensamento. 

Para, em última análise, conseguir encontrar formas de prevenir, tratar e/ou curar males devastadores como as doenças de Alzheimer ou de Parkinson. Estima-se que o custo total do projecto se situe em torno dos três mil milhões de dólares, sendo suportado principalmente, pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, a agência governamental que financia a investigação pública médica nos EUA), a NSF (Fundação Nacional de Ciência) e a agência militar DARPA (Agência de Projectos Avançados de Investigação para a Defesa). 

O programa conta ainda com  o apoio de diversos parceiros privados, nomeadamente o Instituto Allen para as Neurociências, o Instituto Médico Howard Hughes, a Fundação Kavli e o Instituto Salk de Estudos Biológicos. Um grupo de cientistas, liderados por Cornelia Bargmann, da Universidade Rockefeller, e William Newsome, da Universidade de Stanford, deverá definir nos próximos meses os objectivos científicos pormenorizados, incluindo calendários, metas intermédias e estimativas de custo.

Segundo o New York Times, esta iniciativa conta com alguns críticos. Segundo Donald Stein, da Universidade Emory, “as premissas subjacentes ao mapeamento da totalidade do cérebro são muito controversas [...] a tecnologia deveria vir a seguir aos conceitos, e não o contrário”. Entretanto, existe um projecto europeu que poderá ser visto como concorrente do norte-americano. Trata-se do Projecto Cérebro Humano, que visa simular o cérebro num supercomputador para perceber como funciona. 
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