Uma nova pesquisa publicada na revista Neuron descobriu que várias proteínas estão associadas com um risco mais elevado de desenvolver a doença de Alzheimer.
Um grupo de investigadores da Universidade de Washington, centrou-se no estudo da proteína tau, que ajudam a demarcar as mudanças nos recetores que aparecem na superfície das células. A investigação revelou que certos recetores aumentavam o risco de se desenvolver Alzheimer, enquanto outros recetores protegiam contra esse desenvolvimento.
O estudo envolveu 678 idosos, saudáveis, e 591 diagnosticados com Alzheimer, de forma a ser possível identificar as variáveis genéticas associadas à proteína tau. Os participantes foram submetidos a uma punção lombar, para que lhes fossem medidos os níveis de beta-amilóide e de tau no líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central).
Os cientistas revelaram que os genes das pessoas diagnosticadas com Alzheimer, influenciavam a progressão dos danos ao nível nervoso e do tecido; estando intimamente relacionado com os níveis da proteína tau, sendo que quanto maior era o nível da proteína, maior era o grau de deterioração do paciente.
"O resultado do estudo validou a nossa hipótese de que é possível identificar genes que aumentam o risco de desenvolver Alzheimer", explicou Alison Goate, uma das autoras da investigação. O estudo mostrou que existem três regiões genéticas associadas à formação de tau, que poderão ajudar a desenvolver tratamentos para combater os efeitos destruidores da proteína.