Astrónomos avistaram a explosão da mais distante estrela maciça da sua espécie, uma supernova, facto que poderá ajudar os cientistas a entender melhor a natureza do universo.
Usando o Telescópio Espacial Hubble, os cientistas recentemente viram a explosão da supernova UDS10Wil (apelidada SN Wilson) que explodiu há mais de 10 mil milhões de anos atrás. A luz demorou mais de 10 mil milhões de anos a chegar à Terra.
SN Wilson é conhecida como uma supernova tipo Ia - um tipo particular de explosão de uma estrela que dá aos cientistas uma ideia de como o universo se expandiu ao longo do tempo. "Este novo detentor do recorde distância abre uma janela para o universo primordial, oferecendo importantes novos insights sobre como estas estrelas explodem", disse David Jones, lider da pesquisa da Universidade Johns Hopkins.
"Podemos testar teorias sobre quão confiável são essas detonações para a compreensão da evolução do Universo e sua expansão", acrescentou. A SN Wilson é apenas quatro por cento mais distante do que a última supernova mais distante do seu tipo encontrada pelo Hubble.
Ao compreender quando as estrelas massivas começaram a explodir, os cientistas podem ter uma noção de quão rápido o universo foi semeada com os elementos necessários para criar planetas e outros corpos cósmicos. Este trabalho também pode contribuir para outro trabalho que está a ser feito sobre o que provoca essas explosões massivas, uma questão que tem atormentado os astrónomos desde a descoberta de supernovas Tipo Ia.
Esta descoberta é também parte de uma iniciativa de três anos, do programa Hubble para encontrar as supernovas mais distantes. Os cientistas do programa têm a esperança de compreender se as explosões de estrelas mudaram de alguma forma desde que o Big Bang deu origem ao universo, há 13,8 biliões de anos.
O Telescópio Espacial Hubble foi lançado em 1990 e espera-se que continue a funcionar durante os próximos cinco ou mais anos, sendo que o lançamento do seu sucessor, o James Webb Space Telescope, está programado para ser lançado em 2018. As novas descobertas serão publicadas na próxima edição do The Astrophysical Journal.